Economia

Especialistas elevam expectativa de crescimento da economia para 4,20%
04-06-2007 17:55

Brasília - Os analistas de mercado e de instituições financeiras elevaram pela segunda semana seguida as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas no país. De acordo com pesquisa do Banco Central realizada na última sexta-feira (1º) e divulgada hoje (4) no Boletim Focus, a perspectiva é de que a economia do país aumente 4,20% no ano, e não mais os 4,16% estimados na semana anterior.

É uma projeção ainda distante dos 5% imaginados pelas autoridades econômicas, como decorrência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas reflete o crescimento gradativo na produção industrial, cuja expectativa evoluiu de 4,19% para 4,23% neste ano, na comparação semanal, e elevou de 4,28% para 4,40% no ano que vem. Os entrevistados mantiveram, porém, a expectativa de 4% para o crescimento do PIB em 2008.

Como a base de crescimento da economia evoluiu um pouco, a relação entre dívida líquida do setor público e PIB reduziu-se em igual proporção. A equivalência projetada para o final do ano caiu da estimativa anterior de 43,90% para 43,86% em 2007, e a estimativa para 2008 deve baixar de 42%, na semana passada, para 41,90%, o que significa menor comprometimento do PIB em relação à dívida e maior solidez da economia.

A pesquisa manteve a projeção de US$ 42 bilhões para o saldo da balança comercial (exportações menos importações) deste ano, e aumentou a estimativa de saldo no ano que vem, de US$ 36,10 bilhões para US$ 36,44 bilhões. Com isso, o saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o setor externo, deve fechar 2007 em US$ 9,5 bilhões e chegar a US$ 5 bilhões no final de 2008.

Essas expectativas levam em conta um cenário de mercado no qual a cotação do dólar em relação ao real caia mais um pouco: de R$ 2,00 para R$ 1,95 no final deste ano e não ultrapasse R$ 2,05 em 2008. Consideram, também, a hipótese de redução da taxa básica de juros (Selic) dos atuais 12,50% para 10,75% até dezembro próximo, e para 10% até o final do ano que vem.

Segundo os analistas, esse movimento deve-se enfatizar na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fará amanhã (5) e depois (6) com vistas a “calibrar” a taxa usada no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para correção dos títulos públicos. A expectativa é de que o Copom eleve de 0,25 ponto percentual para 0,50 ponto percentual a redução da taxa, anunciando queda para 12% ao final da reunião.

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
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