Receita estuda tributação especial para "sacoleiros", diz Rachid
29-05-2007 17:37
Brasília - Estudos realizados pela Receita Federal do Brasil para a criação de um sistema alternativo simplificado de imposto para produtos adquiridos no Paraguai e outros países de fronteira devem beneficiar "sacoleiros" que comercializam até R$ 120 mil ao ano.
A informação foi dada pelo secretário da Receita, Jorge Rachid, em audiência pública na Comissão de Asuntos Econômicos do Senado. Segundo ele, para aderir ao sistema, o contribuinte terá que abrir uma empresa e fazer parte do Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ).
Os produtos comprados devem ser enquadrados em duas listas previamente definidas. Uma "negativa" e proibida, com produtos prejudiciais à população, como cigarros, bebidas e armas, e outra "positiva", com produtos que entrariam ou sairiam da lista para não prejudicar a concorrência com os produtos nacionais.
"São estudos que nós estamos fazendo, mas como se trata de matéria de lei, vão para o Congresso Nacional para discussão e aprovação", disse Rachid.
Questionado se a faixa de R$ 120 mil não era baixa, Rachid disse que a Receita Federal pode ampliá-la em um segundo momento, quando o governo achar que é seguro.
Rachid também voltou a defender a Receita Federal do Brasil que funciona desde o dia 2 de maio. Segundo ele, com a nova estrutura de arrecadação e fiscalização, os processos de trabalho estão sendo simplificados, com melhor atendimento e redução de custos para o contribuinte, já que o órgão passa a contar com 32 mil servidores de carreira.
Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/ABr