Paraná alcança melhor índice de geração de empregos desde 1992
04-05-2007 12:29
O Paraná continua batendo recordes na geração de empregos. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que o Estado iniciou o ano com aceleração no crescimento do nível de empregos formais, passando de 31,5 mil empregos no primeiro trimestre de 2006 para 42.911 empregos formais em 2007, um crescimento na ordem de 36,23%. Este é o melhor desempenho para o 1º trimestre desde 1992, seguido pelo ano de 2004, com 34.923 postos de trabalho, até então considerado o melhor índice obtido pelo Paraná desde a implantação da pesquisa.
O destaque do trimestre deste ano ficou com o mês de março quando, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, o nível de emprego formal no Paraná registrou aumento de 1,07% sobre o total de trabalhadores com carteira assinada no Estado. A taxa foi o dobro da nacional (0,52%) e corresponde a um saldo (admissões menos os desligamentos) de 20.090 empregos. Com isto, o número de trabalhadores com carteira assinada no Estado subiu para aproximadamente 1,902 milhão.
O economista Sandro Silva, do Dieese, atribui o crescimento do índice de empregos aos índices positivos da economia brasileira, à recuperação da agricultura e ao Piso Salarial Regional, implantado pelo governador Roberto Requião.
“A economia está aquecida porque temos no momento a menor taxa de juros dos últimos 20 anos, a inflação continua baixa e controlada, o volume de crédito aumentou e os trabalhadores obtiveram aumentos salariais acima da inflação. No caso do Paraná, tivemos um outro ingrediente importante: o piso regional, que aumentou o poder de compra do trabalhador e ampliou o volume de dinheiro em circulação no mercado”.
Novamente, o Paraná foi o estado que mais gerou emprego na região Sul. O Rio Grande do Sul aparece em seguida com 8.926 empregos e Santa Catarina com 4.751. No acumulado do ano, Rio Grande do Sul gerou 37.489 e Santa Catarina 33.823. Em termos percentuais, o Paraná foi o segundo estado que mais gerou emprego (1,07%), atrás apenas do Mato Grosso do Sul (1,68%), mas na frente de Minas Gerais (0,80%), São Paulo (0,73%) e Rio de Janeiro (0,39%).
Os setores que mais geraram empregos no Estado no 1º trimestre do ano foram os da indústria de transformação, com um saldo de 20.146 empregos (46,9% do total) e serviços, com 11.021 (21,7%). Destaque ainda para o comércio, com 4.236, a agricultura, com 3.916, e para a construção civil, 2.856. Na indústria de transformação, destacam-se a indústria de alimentos, bebidas e álcool, com 8.573 empregos; indústria têxtil e de vestuário, com 3.244; e a indústria de madeira e mobiliário, com 1.423 empregos.
Força do interior – Dos 20.090 empregos gerados em março, 15.930 (79,29%) foram abertos no interior do Estado e 4.160 (20,71%) na Região Metropolitana de Curitiba. No acumulado do ano, dos 40.911 empregos registrados no Estado, 32.303 (75,28%) vagas foram abertas no interior e 10.608 (24,72%) na RMC.
Sandro Silva disse que o interior gerou mais empregos por causa da recuperação da agricultura e conseqüentemente da agroindústria. Ele lembra que o Paraná teve nos últimos anos quebra na safra, ocasionada por fatores climáticos e pelos preços baixos dos produtos agrícolas.
“Este ano temos uma safra recorde e os preços estão em franca recuperação. O cenário é positivo, principalmente para o interior do Estado, onde a agricultura e a indústria de transformação crescem e promovem a geração de emprego em praticamente todos os setores da economia”, acrescentou o economista do Dieese.
Agência Estadual de Notícias