Maná da Segunda -> A Armadilha do Materialismo
Por Robert D. Foster
Todos os anos a revista Fortune revela quem são as pessoas mais ricas do mundo. Muitas são reconhecidas internacionalmente por suas realizações nos negócios mas, mais do que isso, são famosas por terem acumulado grandes riquezas e bens materiais. Mais importante do que suas realizações parece ser o que possuem. Algumas são muito generosas e filantrópicas e outras não. A atitude dessas últimas parece ser: “Eu ganhei e mereço guardar e usar cada centavo do modo que eu bem quiser".
O dinheiro – e não Deus – pode se tornar a busca apaixonada de muitas pessoas. Seu desejo de consumo parece ser comida e vestuário, carros e casas, viagens e diversão. Não há nada de errado com coisas que trazem conforto, mas com freqüência elas se transformam na principal motivação propulsora para a prosperidade nos negócios, a segurança financeira e o cômodo “pé-de-meia” para os anos de aposentadoria.
É um bom conselho não fazer de seu objetivo na vida algo inferior, concentrando-se excessivamente no materialismo - devotando seu tempo e energia para acumular coisas que não são duradouras, ou que perdem valor. Lembre-se das palavras do rei Salomão, reconhecido como o homem mais sábio e mais rico que o mundo já viu. Ele observou: “(As riquezas) criam asas e voam como águias pelo céu” (Provérbios 23.5).
Ironicamente esse brilhante rei de Israel deixou de dar ouvidos ao seu próprio conselho, deixando-se apanhar na armadilha do materialismo. “O peso do ouro que Salomão recebia anualmente era de vinte e três mil e trezentos quilos, fora o que os mercadores e os comerciantes traziam... O rei Salomão era o mais rico e o mais sábio de todos os reis da terra” (II Crônicas 9.13,22).
Colocando essa antiga terminologia financeira sob a perspectiva do século XXI, seriam cerca de meio milhão de dólares por ano no mercado atual. Esse famoso rei permitiu que os lucros materiais fossem seu primeiro objetivo na vida. Ele encheu suas mãos, coração e tempo acumulando coisas até tornar-se escravo de suas posses. No livro de Eclesiastes, ele reproduz a busca fútil de tentar encontrar felicidade nas coisas tangíveis.
Papel moeda e saldos bancários podem ser enganadores. Quando você pensa que “chegou lá”, que tem todo o dinheiro que precisa, parece que ele cria asas e voa para longe. Quanto mais você se apega às suas posses, mais escorregadias elas se tornam. É como tentar segurar uma uva sem pele entre os dedos - você a aperta e ela salta para longe de sua mão.
Considere o dinheiro que você tem hoje na carteira. Ontem ele estava nas mãos de outra pessoa e amanhã estas mesmas notas pertencerão a um terceiro. Em poucas semanas, quem poderá dizer para onde ela foi? Não importa o quanto você tente, não é possível reter suas posses para sempre. Pode tentar cortar suas asas, mas é espantoso, ainda assim não as impedirá de voar. Quando é acumulado, o dinheiro acaba sendo comido por traças e roubado por ladrões.
Contudo, há princípios simples que podem ser usados para assegurar que o dinheiro não crie asas como uma águia. Aqui vão alguns:
. Escolha seus investimentos após orar a respeito.
. Conduza-se com disciplina e direção.
. Analise suas garantias com diligência e economia.
. Alimente sua mente e coração com uma perspectiva de eternidade.
. Liberte seus desejos e apetites do querer “mais e mais”.
. Subjugue sua vontade para contentar-se com o que possui.
“...A vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (Lucas 12.15).
Próxima semana tem mais!
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Texto de autoria de Robert D. e Rick Foster, extraído e adaptado com permissão de "Take Two On Monday Morning" (Dose Dupla na Segunda-feira Cedo). Tradução de Mércia Padovani. Revisão de adaptação de J. Sergio Fortes.
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