Maná da Segunda -> Auto-Promoção
Por Robert J. Tamasy
Vivemos num mundo em que a auto-promoção não apenas é aceita, como parece ser estimulada, até mesmo esperada. Lembro-me quando, décadas atrás, Cassius Clay (mais tarde ele adotou o nome de Muhammad Ali), se sagrou campeão de boxe na categoria peso-pesado. “Eu sou o maior!”, declarou. Para seu crédito, esse talentoso boxeador fazia realmente jus à sua reivindicação.
Exemplos de auto-promoção no mundo dos esportes e do entretenimento são inúmeros. Estrelas de futebol e do basquete posam, pavoneando-se depois de grandes partidas, assegurando-se de que todo mundo os tenha notado; atletas exigem que seus contratos sejam renegociados, reclamando que estão “recebendo pouco e sendo depreciados”; estrelas de cinema e celebridades da TV se vestem com roupas esquisitas e exibem comportamentos bizarros, tudo em nome da publicidade e do marketing.
A auto-promoção também se tornou lugar-comum no mundo empresarial: são executivos de vendas dizendo a quem quiser ouvir, que ultrapassaram suas metas mensais e trimestrais; gerentes ambiciosos manobrando para obter maiores responsabilidades, e com elas, maiores compensações e prêmios; altos executivos que se tornaram conhecidos nacional ou mesmo internacionalmente, graças à cobertura maciça da mídia televisiva e escrita, frequentemente sendo mais facilmente reconhecidos do que as corporações que dirigem.
Auto-promoção, todavia, não é um fenômeno dos séculos XX e XXI. É tão antiga quanto o tempo. O livro de Daniel, na Bíblia, nos conta de Nabucodonosor, notável rei babilônico, que declarou com ousadia: “...Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para glória da minha majestade?” (Daniel 4.30). Esse rei estava realmente muito impressionado consigo mesmo!
Todavia, embora auto-promoção pareça ser a regra e não a exceção nos dias atuais, é perturbador às vezes, observar pessoas que buscam atrair atenção para si mesmas. Pessoas que parecem gritar: “Ei, olhem para mim. Vejam quem eu sou. Vejam o que eu fiz!” O livro de Provérbios concorda, falando sobre o valor intrínseco de outra pessoa louvar os seus feitos, em vez de você mesmo se cobrir de elogios.
. É melhor receber elogios do que faze-los a si mesmo. Se pudesse escolher, o que você preferiria: falar com entusiasmo sobre si mesmo em termos favoráveis, para que seus ouvintes soubessem o quão especial e realizador você é, ou ter alguém que você respeite e admire dizendo coisas positivas a seu respeito? Virtualmente todos nós preferiríamos receber palavras favoráveis vindas de outra pessoa, porque isso indicaria que nossos esforços têm sido realmente reconhecidos e valorizados.“Que outros façam elogios a você, não a sua própria boca; outras pessoas, não os seus próprios lábios” (Provérbios 27.2).
. É teste de caráter a forma como reagimos ao elogio. Quando alguém o elogia por um trabalho bem feito, como você reage? Quase quebra o braço de tanto se dar tapinhas nas próprias costas ou recebe a aprovação com humildade, sentindo-se grato por possuir os talentos, as habilidades e a experiência exigidos para a realização daquela ação digna de louvor? “O crisol é para a prata, e o forno é para o ouro, mas o que prova o homem são os elogios que recebe” (Provérbios27.21).
Próxima semana tem mais!
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Texto de autoria de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Veterano com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Recentemente colaborou com David A. Stoddard em "The Heart of Mentoring: 10 Proven Principles for Developing People to Their Fullest Potential" (A Essência de Mentorear: 10 Princípios Provados Para o Desenvolvimento Pessoal em Todo o Seu Potencial" e, com Ken Johnson, “Pursuing Life With a Shepherd’s Heart” (Vivendo Com um Coração de Pastor). Tradução de Mércia Padovani. Revisão de adaptação de J. Sergio Fortes.
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