Maná de Segunda: Código de Ética
Por Rick Boxx
Anos atrás apresentei dois homens um ao outro, pensando que ambos se beneficiariam mutuamente se viessem a trabalhar juntos. José procurava um investidor para o seu negócio e João era um possível candidato. Como eu tinha acabado de conhecer José, avisei a João que não confiasse apenas na minha referência.
Fiquei impressionado como João mantinha o foco na questão do caráter. Ele disse a José: “Eu tenho uma regra: se você mentir para mim, terminamos nosso entendimento. Não importa que isso ocorra na fase de levantamento de dados para o estudo de viabilidade do negócio ou depois de firmado o acordo. Se usar de desonestidade para comigo, nosso relacionamento termina no mesmo dia.” Meses mais tarde João comunicou-me que durante as investigações apanhou José num par de mentiras e desistiu do relacionamento profissional imediatamente.
Olhando retrospectivamente torna-se claro que João tomou a decisão correta. A iniciativa empresarial de José fracassou e ele enfrenta hoje a possibilidade de ir para prisão por suspeita de fraude nas declarações de renda.
A filosofia de meu amigo João espelha Provérbios 12.22: “O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade.” Se você está envolvido numa relação de negócios com alguém que mente para você, considere a filosofia de João. Ela provavelmente o protegerá, evitando que sofra algum tipo de dano, seja antes ou depois de firmar um contrato de negócios.
Vivemos em um mundo que transige nos padrões éticos e morais. Limites comportamentais, outrora bem definidos, têm se tornado indistintos. Nem mesmo as melhores faculdades de administração chegam a um consenso sobre um código de ética que seja universal. Na verdade, a maioria alega não existir verdade absoluta. Assim, não surpreende que virtudes como a verdade sejam levadas em tão pouca conta pelos líderes empresariais.
Um sagaz estudioso da sociedade fez a seguinte observação: “Retiramos a moralidade de dentro das universidades e dissemos aos estudantes que já não existe moral absoluta. Em consequência,
em vez de colocarmos os líderes desonestos nas prisões, os colocamos em pedestais, pois estão apenas fazendo o que foram treinados a fazer.” Isto, todavia, não nos livra de sustentar padrões éticos e morais elevados no mercado de trabalho. Na verdade, pessoas que aspiram postos de liderança deviam atribuir maior importância a tais valores. Considere algumas declarações do livro de Provérbios, na Bíblia, sobre o assunto:
Desonestidade é detestável para Deus. “O Senhor repudia balanças desonestas, mas os pesos exatos Lhe dão prazer” (Provérbios 11.1).
Desonestidade proporciona recompensas transitórias. “Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante” (Provérbios 12.19). “A fortuna obtida com língua mentirosa é ilusão fugidia e armadilha mortal” (Provérbios 21.6).
Desonestidade resulta em punição. “A testemunha falsa não ficará sem castigo, e aquele que despeja mentiras perecerá” (Provérbios 19.9).
Desonestidade engana o enganador. “Saborosa é a comida que se obtém com mentiras, mas depois dá areia na boca” (Provérbios 20.17).
Próxima semana tem mais!
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Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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