Por John Johnson
Quais seriam as características básicas que você consideraria essenciais para uma liderança eficiente? Você incluiria qualidades como visão, coragem, determinação, perseverança, carisma, habilidades em comunicação e inteligência? E quanto a traços de caráter como honestidade, integridade, generosidade e humildade?
Uma qualidade que se destaca para mim e provavelmente não apareceria no topo da lista de muitas pessoas é: Amor. O amor ao qual me refiro não é o que geralmente nos vem primeiro à mente – emoções, romance, sentimentos egocêntricos que podem desaparecer tão rapidamente quanto surgiram. Não, eu estou falando sobre o amor que serve para moldar positivamente a cultura corporativa de uma organização.
Por cultura corporativa, estou me referindo a convicções que afetam o comportamento, determinando como interagem os funcionários de uma companhia e sua administração. Pesquisas descobriram que 73% dos empregados não crêem nos valores de sua organização. Dos 27% restantes, 77% daqueles que realmente acreditam nos valores da organização não podem aplicá-los a seu trabalho. Esta é uma grave desconexão entre empregados/empregadores, limitando a produtividade.
Amor – do tipo que se esforça para colocar as necessidades e interesses dos outros em primeiro lugar, buscando o que é melhor para eles – pode fazer a diferença e transformar totalmente a cultura de uma organização. Meu livro, Love As a Management Practice (sem publicação em português), explica o poder motivador do amor no trabalho. Aqui estão alguns dos benefícios:
Estado de Espírito. Tratados com amor, colegas de trabalho experimentam uma crescente satisfação pessoal no trabalho.
Limites. Empregados tratados com amor agem com mais responsabilidade, tornando-se melhores administradores do tempo e dos recursos, gerando cada vez mais melhores resultados.
Desempenho em produtos/serviços. Empregados amados são crescentemente motivados a contribuir com os seus melhores esforços para a missão da organização, o que beneficia os clientes de seus produtos e serviços.
Satisfação dos clientes. Crescente satisfação no trabalho resulta em mais respostas satisfatórias às necessidades de clientes internos e externos.
Retorno nos investimentos. Este é o resultado crescente no lucro líquido resultante de uma força de trabalho bem tratada e positiva.
Isso leva ao maior benefício de todos: Espiritual. O amor como prática de administração não é uma frase inteligente ou uma estratégia concebida por um consultor administrativo. Ela está fundamentada na Bíblia, cujo objetivo é beneficiar outras pessoas e, mais importante, apontar para Deus – a fonte máxima do amor. Considere o seguinte:
O amor tem um foco externo. Em Seu ministério terreno, Jesus Cristo ensinou que o amor deve ser o centro de tudo o que fazemos. “...Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento... Ame o seu próximo [colega de trabalho/empregado] como a si mesmo.” (Mateus 22:37-39).
O amor coloca os outros em primeiro lugar. Uma distorção moderna do amor é aquela que coloca o foco sobre nós mesmos – o que ganhamos com isso. O amor, como a Bíblia o descreve, não é egoísta. “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata... não se ira facilmente, não guarda rancor... Assim permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.” (I Coríntios 13:4-13).
O amor é o que Deus deseja para nós. Falando a Seus discípulos antes de ser traído, entregue a um julgamento de zombaria e crucificado, Jesus deu-lhes instruções diretas: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como Eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são Meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” (João 13:34-35).
Próxima semana tem mais!
John Johnson é um empresário, filantropo, autor do livro Love As a Management Practice, que também foi incluído no currículo para ser ministrado a líderes empresariais e profissionais. Ele tem se envolvido com o CBMC por muitos anos. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2024 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Se você fosse descrever um líder eficiente, que traços ou qualidades seriam essenciais?
2. Quando ouve a palavra “amor” o que lhe vem à mente? O que você pensa da ideia de demonstrar amor no ambiente de trabalho?
3. Você acredita que o amor, da forma como é descrito pelo autor neste Maná, faz sentido para o mercado de trabalho? Por quê?
4. Qual você acredita que seria o impacto de se aplicar esta filosofia – amor como prática de administração – onde você trabalha? Que diferença isso faria?
Nota: Desejando considerar outras passagens bíblicas referentes ao tema sugerimos: Salmos 136:1; Mateus 5:16; Marcos 12:33; João 15:9; Gálatas 5:6; I João 2:7-10.
Desafio Para Esta Semana
Durante a próxima semana, separe um tempo para refletir sobre como você interage com as outras pessoas no trabalho – empregados, colegas, clientes e fornecedores. Com honestidade, avalie sua atitude em relação a eles. Você acha que tem demonstrado amor a eles, como está descrito neste Maná?
Pode ajudar, perguntar a alguém que você conheça bem, o que ele pensa. Será que os outros veem você como uma pessoa que se preocupa com os outros indivíduos e busca servir aos melhores interesses daqueles com quem trabalha e negocia? Com base em suas conclusões, como você poderia fazer algumas mudanças, caso determine que elas são necessárias?