Maná da Segunda -> Confronto Necessário
Por Rick Boxx
No mundo de hoje, os benefícios da “cultura de tolerância” dominante vêm sendo contrabalançados por uma grande armadilha. Tornou-se comum, e até popular, aceitar as pessoas e as questões com as quais elas se debatem sem qualquer contestação. “Quem sou eu para julgar?”, é a resposta típica dada a quem luta contra comportamentos destrutivos. Não se trata de “julgar”, mas antes, de se preocupar o suficiente para confrontar os que estão claramente prejudicando a si mesmas e aos que os rodeiam.
Na busca por “tolerância”, tornou-se cada vez mais raro encontrar alguém disposto a considerar os outros responsáveis por suas ações e enfrentar os teimosos. Alguns diriam que é assim mesmo que deve ser, que não devemos nos envolver em assuntos alheios, não importando quão problemáticos sejam. Por isso, fiquei intrigado quando um amigo me contou sobre certo momento crítico em sua vida.
Esse homem, a quem chamarei de “João”, se reunia havia semanas com um grupo, onde falava sobre sua luta contra o álcool. Ele dizia que ao invés de controlar a bebida, parecia que esta o controlava. Não se tratava de um ou dois drinques ocasionais em reuniões sociais. João estava convencido que a bebida se transformara em ídolo em sua vida – uma força viciosa e controladora. Toda semana se queixava a seus companheiros de grupo, que queria deixar de beber, mas continuava a se embriagar.
Depois de várias semanas ouvindo as queixas recorrentes de João, um de seus companheiros, a quem chamarei de “José”, se exasperou com as promessas vazias e as boas intenções do amigo. Confrontou-o com a pergunta: “João, você realmente quer deixar de beber?” João disse que sim. Depois de breve pausa, José prosseguiu desafiando o amigo: “Eu não sei se você quer mesmo. Toda semana ouço de você a mesma velha história, sem nenhum resultado. Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: "Você tem bebida alcoólica em sua casa?” Hesitante, João respondeu que sim. José foi, então, mais duro: “Como você acha que vai deixar de beber, se nem ao menos tira a tentação de dentro de sua casa? Você precisa destruir até a última gota de álcool de sua casa. Até que esteja disposto a fazer isso, não acreditarei que esteja falando a sério.” Isso parece ousado, não é? Não “tolerante”.
Você teria coragem de confrontar alguém assim, de forma tão direta, qualquer que fosse a questão: bebida, jogo, desonestidade ou outro comportamento contraproducente? José a teve e, reconhecidamente, sua repreensão dura, porém construtiva, produziu o efeito desejado. João voltou para casa aquela mesma noite, esvaziou todas as garrafas de bebida alcoólica e as jogou fora. Este foi o começo do fim da luta de João contra a bebida. Hoje ele comemora anos de sobriedade e uma vida livre da escravidão do álcool.
A Bíblia ensina: “Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular” (Provérbios 28.23). Você está permitindo que comportamentos deficientes permaneçam sem confrontação em seu ambiente de trabalho, por amor à tolerância?
Se assim é, considere a sabedoria desse versículo de Provérbios e dessa experiência de José. A repreensão feita com amor e genuína preocupação com o bem estar do outro, sempre resultará em maior favor do que a adulação e poderá livra-lo do que é nocivo.
Próxima semana tem mais!
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Texto de autoria de Rick Boxx, renomado Consultor Empresarial, adaptado sob permissão de, “Momentos de Integridade com Rick Boxx”, um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.
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MANÁ DA SEGUNDA® é uma edição semanal do CBMC INTERNATIONAL, uma organização de âmbito mundial, não-denominacional, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial.
© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL , CP. 1515, Barueri, SP, 06493-970. E-mail: mana@cbmc.org.br -A distribuição em sua íntegra é desejável, mas a reprodução parcial ou integral requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês e italiano.
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