Maná da Segunda -> Conselho Sobre Gestão Financeira
Por Austin Pryor
Quando consideramos princípios bíblicos sobre administração financeira, a “parábola dos talentos” em Mateus 25, parece ser a referência mais apropriada. Ela abrange tópicos como: o dinheiro pertence ao Senhor, ao invés dos investidores; o trato com finanças como uma atribuição de longo prazo; a importância da taxa de retorno e - o mais importante - fidelidade no cuidado e uso de recursos. Essa parábola transmite ainda dois conceitos importantes sobre administração: posse e responsabilidade. Outros textos da Bíblia também ensinam princípios valiosos, como por exemplo:
. O perigo de viver endividado. "O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta" (Provérbios 22.7).
. A importância de poupar para o futuro. "Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode" (Provérbios 21.20).
. A sabedoria de diversificar riscos. “Reparta o que você tem com sete, até mesmo com oito, porque você não sabe que desgraça poderá cair sobre a terra" (Eclesiastes 11.2).
. O valor da nossa oferta para ajudar outras pessoas. “Vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano. Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem" (II Coríntios 8.10-11).
Conversando sobre finanças com um amigo, perguntei-lhe que passagem da Bíblia ele considerava a mais importante em matéria de gestão. Sem hesitar, ele respondeu: "Gálatas 5.16, que diz: 'Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne”. Parafraseando: “Eu os advirto a obedecerem somente as instruções do Espírito Santo. Ele lhes dirá onde ir e o que fazer, e então vocês não mais farão as coisas erradas que a sua natureza pecaminosa quer que façam”.
Não é a falta de compreensão do que precisa ser feito que nos impede de atingir nível mais elevado em gestão. Sabemos o que é preciso fazer, mas não o fazemos porque exige o domínio sobre o que a Bíblia chama de,“velha natureza”, a parte de nós que quer realizar sua própria vontade, colocando a auto-satisfação como centro da tomada de decisões, em prejuízo do auto-sacrifício.
Muitos que hoje estão com dívidas devem isso ao fato de gastarem demais com suas próprias vontades. Não economizaram para emergências, nem fizeram poupanças de longo prazo. O mesmo é verdadeiro em relação aos avarentos em ofertar para obras de caridade. Mesmo os mais devotos têm tendência de “gratificar os desejos de sua natureza pecaminosa”.
Não estou dizendo que gastar dinheiro seja necessariamente errado. Mas o impulso de gastar satisfazendo a vontade, sem pagar os credores, poupar para o futuro ou ofertar para ajudar outros, provém da tendência de satisfazer os próprios desejos. Este impulso freqüentemente sobrepuja nossa vontade de obedecer e agradar a Deus em nossa gestão financeira. Se não assumirmos o controle de nossos apetites, eles nos controlarão!
O Espírito Santo de Deus que vive dentro dos seguidores de Jesus pode fazer isso. Ele nos fortalece e nos capacita. Quando nos submetemos à Sua direção e controle, Ele produz em nós qualidades de Sua vida (incluindo autocontrole). Ele pode fazer de nós a pessoa que Ele deseja que sejamos. Este é o motivo de Paulo dizer: “Vivam pelo Espírito".
Próxima semana tem mais!
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Austin Pryor é o autor da publicação mensal "Sound Mind Investing" (Mente Sã Investimentos), um boletim de planejamento financeiro, bem como de um livro com o mesmo título, escritos a partir da perspectiva bíblica. É possível acessar seus conselhos financeiros através do web site www.soundmindinvesting.com. Publicado com a devida permissão. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de adaptação de J. Sergio Fortes.
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