Maná da Segunda -> Distinguindo Necessidades de Vontades
Por Randal Walti
Ouvimos com freqüência que a vida é a somatória do que possuímos: quanto mais temos, mais felizes somos. Eu nunca havia tomado consciência de quanta coisa tinha em minha vida, até que me mudei de uma casa grande para outra bem menor. De repente, muitas das nossas coisas não mais pareciam importantes. Quando muito, se tornaram um fardo inconveniente. Na busca por uma vida mais simples reconhecemos a diferença entre “necessidade” e “vontade”.
. Discernindo entre necessidade e vontade. Uma maneira de testar a diferença consiste no “jogo das conseqüências”. Quais serão as conseqüências de não comprar uma televisão maior, um móvel ou um novo dispositivo tecnológico? Podemos viver sem isso? Que tal perguntar: “Se aplicasse meu dinheiro em outra coisa, seria um investimento de melhor retorno?” Alguns casais gastam seu dinheiro no presente, deixando de investir no futuro. Ao identificar alternativas de investimento seria possível perguntar: “O que daria mais glória a Deus?"
. Pesando decisões sobre estilos de vida. Pequenas diminuições no estilo de vida que permitam à mãe estar feliz em seu lar e ao pai passar mais tempo com os filhos, ajudam a identificar se as decisões foram sobre necessidades ou sobre preferências e vontades. Se você acha que precisa comprar um carro novo, quando um usado seria perfeitamente adequado e custando menos, provavelmente sua preocupação seja mais com estilo de vida do que com uma boa gestão financeira. Pergunte com honestidade: “Eu preciso mesmo ou apenas quero um carro novo?” Eu não compro mais carros "zero km", mas com dois anos de uso. Pago substancialmente menos do que pagaria por um carro novo e, ainda assim, adquiro um veículo de qualidade. Se “quer” passar por cima de seus valores, provavelmente o objeto de seus desejos se transformou em ídolo.
. Compreendendo a perspectiva de Deus. Gosto e aprecio ter coisas bonitas em casa. De tempos em tempos compro coisas que nos ajudam a desfrutar melhor a vida. Não penso que Deus quer nos impedir de possuir coisas boas. Entretanto, o materialismo - como o dinheiro - é inimigo de Deus, de Suas boas novas e da santidade (processo de se tornar mais e mais como Ele é). Eis porque Ele afirma que é impossível "servir a Deus e ao dinheiro". Coisas podem afetar negativamente nossas vidas, se nos pusermos a adorar mais a criação do que o Criador. Vemos, tocamos, ouvimos, provamos e cheiramos coisas. Não podemos ver, tocar, ouvir ou conhecer a Deus por meio de nossos sentidos. Estimulados por coisas à nossa volta é mais fácil buscar entretenimento do que o Deus do Universo. Coisas atraentes, porém desnecessárias, podem enganar pessoas bem intencionadas, levando-as a viver mais para a sua própria glória e gratificação do que para Deus. Na dúvida, pergunte: “Esta compra vai me ajudar a amar mais a Deus?”
Considere o que Deus diz sobre dinheiro e bens materiais: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6.19-21).
“E se vocês não são dignos de confiança nas riquezas deste mundo, quem confiará os verdadeiros tesouros dos céus a vocês? E se vocês não são honestos com o dinheiro dos outros, como poderão assumir responsabilidade pelo seu próprio dinheiro?” (Lucas 16.10-12).
Próxima semana tem mais!
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Adaptado sob permissão de um artigo de Randal Walti, consultor de negócios residente em Titusville, Flórida, U.S.A., autor do boletim eletrônico, “Business Life Today” (Vida de Negócios Hoje). Seu web-site é: www.buslifetoday.com - Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (sergio.fortes@uol.com.br).
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