Maná da Segunda -> Esperando Por Inspiração
Por D. Barry Weir
Chuck Close disse certa vez: “Inspiração é para amadores ‒ o restante de nós simplesmente se apresenta e trabalha.” Seguindo a mesma linha Tchaikovsky fez a seguinte observação: “Um artista digno não pode cruzar as mãos pretextando que não está com disposição.” O poeta E. B. White expressou a mesma ideia da seguinte forma: “Um escritor que espera por condições ideais para trabalhar vai morrer sem ter escrito uma única palavra.”
O consenso entre os diversos personagens criativos é que no longo prazo, transpiração é mais importante do que inspiração. O escritor de cinema Neil Gaiman apresentou uma perspectiva útil acerca de escrever, no Nerdist Podcast (N.T.: Nerdist Poadcast é um programa semanal de entrevistas na TV americana). Falando sobre a necessidade que um romancista tem de ser coerente, ele disse: “Você tem que fazer o melhor uso de suas palavras todos os dias e essas palavras não estão à sua espera. Você tem que escrever quer se sinta ‘inspirado’ ou não. E o mais estranho é que daqui a seis meses, olhando retrospectivamente, você não será capaz de se lembrar que cenas você escreveu estando inspirado e que cenas escreveu simplesmente porque elas precisavam ser escritas.”
O que isso tem a ver com o mercado de trabalho? Na verdade, muita coisa. No trabalho, precisamos resistir à tentação de esperar por inspiração para fazer uma ligação de vendas, desenvolver uma estratégia eficiente para expandir os negócios ou completar o projeto adiado por tempo demais. Não esperamos que chegue o momento em que nos sentiremos bem para fazer algo certo: simplesmente precisamos fazer o certo hoje e todos os dias, quer nos sintamos inspirados ou não.
Há alguma coisa que você vem adiando desnecessariamente enquanto espera por inspiração? Tente transpiração e não espere por inspiração. Ponha de lado sua pouca vontade de fazer a tarefa que está à mão. Nas palavras de um conhecido slogan de marketing, “Simplesmente faça”. Em seis meses, ou pelo restante da eternidade, não terá a menor importância o quão inspirado você se sentia naquele momento. Somente importará o fato de você ter feito o que precisava ser feito. Vejamos algumas perspectivas úteis extraídas da Bíblia:
Inércia pode resultar da desobediência. Na física, inércia é definida como “falta de movimento ou atividade especialmente quando são desejados ou necessários”. Podemos dourar a pílula pela nossa falta de ação chamando-a de procrastinação, mas a Bíblia emprega outro termo: “Portanto, comete pecado a pessoa que sabe fazer o bem e não faz” (Tiago 4.17). Esperar por inspiração e não agir quando necessário é pecado.
Quando tiver algo que precisa ser feito, faça-o. Quando se apresentar oportunidade para fazer alguma coisa, esteja disposto a fazê- la. Pode não surgir outra chance. “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9.10).
Entre em ação com a motivação correta. Importa não somente o que devemos fazer, mas também porque o fazemos e para quem. “O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas” (Colossenses 3.23).
Próxima semana tem mais!
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você fica esperando por inspiração quando adia suas ações no trabalho ou na vida pessoal?
2. Em sua opinião, esperar até que venha inspiração é certo ou não?
3. Como pode uma pessoa discernir quando deve esperar ou não por inspiração?
4. Que acha declaração bíblica que saber fazer o bem e deixar de fazê-lo é igual a pecar?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 10.4; 12.11; 14.23; 16.26; 24.30-34; Mateus 5.16; 6.33-34; Colossenses 3.17.
Texto de autoria de D. Barry Weir, proprietário da D. Barry Weir & Associates, empresa de informação, tecnologia e serviços. O texto foi adaptado e expandido, aplicando suas observações ao mercado de trabalho. Extraído da coluna, “Monday Memo”, de Steve May, fundador de um projeto de evangelização no Rio de Janeiro. Ele é líder do CBMC e membro da equipe da área de liderança de Orange County, Califórnia, U.S.A.. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.
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