Por Robert J. Tamasy
Como você se sente quando a pessoa que o serve em um restaurante é amistosa, mostra um interesse genuíno por você e está pronta para atender suas necessidades? Ou quando um representante de vendas demonstra estar disposto a fazer mais do que simplesmente ganhar uma comissão – que caminha uma milha a mais sempre que surge um problema que requer pronta solução? Uma coisa é certa: você pode se sentir chocado ou surpreso, porque, via de regra, as pessoas parecem determinadas a fazer o mínimo esforço possível no desempenho de suas funções no trabalho.
Infelizmente, muitas pessoas adotam uma atitude do tipo “eu gosto de ser pago, mas odeio trabalhar.” Talvez esta seja uma das razões pela qual depois das paralisações acarretadas pela COVID-19 muitos empregadores tiveram dificuldade para encontrar trabalhadores suficientes para preencher os postos vagos quando o mercado de trabalho voltou a mostrar um aspecto de normalidade.
É óbvio que a pandemia não gerou a complacência que vemos no mercado de trabalho. “Fazer apenas o suficiente para ir vivendo” tem sido a filosofia de muitos já há bastante tempo. Outra razão ainda para que muitos apresentem trabalho e serviços abaixo do padrão poderia ser a relutância que alguns têm para tentar fazer o seu melhor, não importa o que lhes seja pedido para fazer. Como diz Tim Kight, consultor de liderança, “A busca pela mediocridade raramente é intencional, mas é sempre bem-sucedida.
Sou grato pelas pessoas que no início da minha carreira profissional serviram de exemplo buscando a excelência em seu trabalho. Elas tinham a seguinte abordagem: “Se algo vale a pena ser feito, então vale a pena fazê-lo bem.” Essa forma de pensar inspirou-me levando-me a abordar meu próprio trabalho de modo similar, escolhendo fazer o melhor que eu podia e não me contentar com nada menos que isso. Posso nem sempre ter obtido êxito, mas essa tem sido a minha meta.
Sendo discípulos de Jesus Cristo, quando pensamos sobre isso, o compromisso com a excelência no trabalho é uma das maneiras mais eficientes e visível de servirmos de testemunhas para Ele. Quase ao final de Seu ministério terreno, Ele disse: “...vocês...serão Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” (Atos 1:8). A pergunta é: como eles deveriam fazer isso?
Jesus respondeu quando falava a Seus seguidores sobre a importância de serem “sal e luz” no mundo que os rodeava. Ele disse: “...Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:13-16). Quando as pessoas a nossa volta observam nossa vigorosa dedicação para fazer bem o trabalho que nos compete, com entusiasmo e alegria, mesmo quando ele se torna difícil e desafiador, isso faz com que nos destaquem das pessoas que não têm esse tipo de compromisso.
No final das contas, nosso desempenho visa a “plateia de Um só”, servindo a Deus com sinceridade e integridade, mesmo quando ninguém está vendo. O apóstolo Paulo, dirigindo-se a uma cultura na qual muitas pessoas tinham se tornado escravas de outras, sendo exigido delas que desempenhassem deveres mundanos e até mesmo humilhantes, fez a seguinte admoestação: “Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradar os homens quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem ao Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Colossenses 3:22-24).
Em um mundo no qual tantas pessoas veem pouco valor em trabalhar com excelência, é fácil nos destacarmos na multidão, sendo “...filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo.” (Filipenses 2:15).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Dê um exemplo recente de quando você viu alguém realizar um trabalho empenhando-se mais do que o dever exigia, desempenhando suas responsabilidades de tal forma que fosse impossível não notar e apreciar. Como você reagiu?
2. Você concorda com a afirmação: “A busca da mediocridade raramente é intencional, mas é sempre bem-sucedida”? Explique sua resposta.
3. Como você classificaria seu comprometimento para com a excelência em seu trabalho? Por que, segundo sua opinião, o caminho que leva à mediocridade é seguido por tantas pessoas? Você acredita que isso tem predominado em anos recentes? Por quê?
4. Se você leva com seriedade a admoestação de Colossenses 3:24, que diz que é “Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo”, que diferença poderia – ou deveria – fazer na forma pela qual você encara o trabalho que lhe cabe desempenhar todos os dias?
Nota: Se você tiver uma Bíblia e quiser ler mais sobre o tema, considere as seguintes passagens: Provérbios 4:18; 10:4; 12:24; 14:23; 18:9; 22:29; 24:30-34; I Pedro 3:15-17.