Por John D. Beckett
Findlay argumentou consigo mesmo durante algum tempo, e depois tomou a decisão consciente de deixar uma Bíblia sobre sua mesa de trabalho. Desde que se tornara um seguidor de Jesus Cristo, desejava que as outras pessoas soubessem de sua fé recém descoberta. Ele concluiu que seu pequeno passo poderia abrir algumas possibilidades para discussão, e até mesmo oportunidades para falar sobre o que Deus vinha fazendo em sua vida.
Não demorou muito para que Findlay tivesse a resposta para isso. O gerente de relações humanas entrou em seu escritório e disse: “Meu amigo, o que é isso?” A reprovação que se lia em seu rosto em relação ao livro abertamente exibido era inconfundível. “Você se tornou um desses?”
Um arrepio percorreu a espinha de Findlay. Ele sabia que suas próximas palavras eram importantes, por isso fez uma breve oração para saber o que dizer.
“Ah, na verdade me alegra que você tenha notado. Eu o trouxe ontem. Algumas coisas têm acontecido em minha vida, e este livro é parte da história.”
“Bem, com todo o respeito”, respondeu o gerente, “sua história vai ter que esperar até outro dia. Mas apenas como lembrete, sua primeira responsabilidade é para com esta companhia. Para mim, religião é assunto particular e está reservado ao lar ou aos domingos.”
Questões Para Reflexão/Discussão.:
Depois do último comentário do gerente, “religião é assunto particular e está reservado ao lar ou aos domingos”, como você acha que Findlay deveria ter respondido? Você concorda com sua decisão de exibir abertamente a Bíblia em sua mesa? Por quê?
Quando você acha que é apropriado ser transparente com os outros sobre sua fé? Quando não é apropriado? Devemos ser proativos em falar aos outros sobre nossas crenças ou devemos deixá-los tomar a iniciativa? Explique sua resposta.
Por que, em sua opinião, acredita-se que as pessoas devam deixar sua fé do lado de fora da porta no ambiente de trabalho, ao invés de tentar integrar sua crença em Deus com suas decisões e relacionamentos do dia a dia?
MELHORES PRÁTICAS.:
Assim como as empresas são sensatas ao se mostrarem amigáveis para com as famílias, também seria sensato se mostrarem amigáveis para com a fé das pessoas. Espera-se que os trabalhadores deem o seu melhor a seus empregadores, mas não se deveria esperar que eles separassem sua fé de seu trabalho. Para algumas pessoas, as práticas religiosas são meramente atividades que acontecem durante uma hora ou duas por semana, mas para muitas outras, suas crenças espirituais fazem parte da estrutura de quem elas são – e da forma como vivem.
Na verdade, os melhores empregados serão aqueles que seguem Colossenses 3:23: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens.” Não importa quão elevado seja o padrão de qualidade estabelecido pela empresa, os padrões de Deus são ainda mais elevados. Assim, a pessoa que trabalha “de todo o coração, como para o Senhor” deverá estar entre os de melhor desempenho em qualquer organização.
Para outras considerações.:
Uma das formas mais efetivas de demonstrar a realidade e relevância da fé é buscar fazer o nosso trabalho com excelência. “Vocês são o sal da terra...a luz do mundo... Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:13, 14, 16).
Embora não devamos impor nossa fé aos outros, se realmente cremos que Deus exerceu um impacto transformador em nossa vida, devemos estar desejosos – mesmo ansiosos – para falar d’Ele aos outros quando surgir a oportunidade. “Quem, pois, Me confessar diante dos homens, Eu também o confessarei diante do Meu Pai que está nos céus.” (Mateus 10:32).
Colossenses 4:5-6 diz que devemos ser “...sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.” O que você acha que isso significa, especialmente no contexto do ambiente de trabalho?
Outra passagem interessante sobre como compartilhar nossa fé está em 1 Pedro 3:15-16 que nos diz: “Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.” Como você aplicaria esta exortação ao ambiente de trabalho contemporâneo?
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de John D. Beckett, presidente da R. W. Beckett Corporation em Elyria, Ohio, E.U.A., uma das principais fabricantes de sistemas de aquecimento residenciais e comerciais do mundo. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com)
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