Maná da Segunda

Maná da Segunda: Impunidade



Por Rick Boxx



Uma nova loja de departamentos estava abrindo, e eu com 15 anos de idade, tive a boa sorte de conseguir meu primeiro emprego. Dizer que meu primeiro dia de trabalho foi memorável é muito pouco.



Nos fundos da loja, uma grande quantidade de televisores e aparelhos de som tinha sido empilhado perto da porta dos fundos, ao lado do banheiro. Um rebelde colega de escola, Beto, trabalhava ao meu lado, quando o gerente da loja entrou no banheiro. De repente, Beto começou a agir aceleradamente. Trancou o gerente no banheiro, abriu a porta dos fundos e começou a encher a caminhonete dele que estava esperando do lado de fora, com os televisores e aparelhos de som. Depois, entrou no carro e partiu.



Quando o gerente conseguiu sair do banheiro descobriu o que tinha acontecido, dando-se conta que Beto havia traído a loja e a ele. Mas o que mais nos espantou foi o que ocorreu nos dias seguintes: NADA! Nenhuma ação foi tomada. Mesmo todos - incluindo o gerente - sabendo quem tinha roubado as mercadorias, pelo que soubemos, nada jamais foi feito para puni-lo. Por alguma razão desconhecida, o gerente decidiu ignorar o problema, agindo como se nada tivesse acontecido.



Essa falha - ou recusa - em adotar qualquer tipo de justiça teve repercussões. Em pouco tempo os empregados passaram a pegar tudo o que desejavam e deixar empilhado ao lado da porta dos fundos. No dia seguinte havia sumido.



Sem punição, tornou-se corriqueiro ver empregados agirem como ladrões. A quantidade e impetuosidade para roubar se tornaram desconcertantes. Salomão escreveu em Eclesiastes 8.11: "Por que será que as pessoas cometem crimes com tanta facilidade? É porque os criminosos não são castigados logo”. Nos negócios, por exemplo, prestação de contas é crucial. Permitir que alguém escape impune de uma infração cometida estimula outros a fazer o mesmo.



Se você ocupa posição de autoridade é de extrema importância que comunique efetivamente as regras e padrões da empresa e os faça cumprir. Melhor ainda se isso é feito com amor e compaixão. Não como um policial impondo a lei, mas como quem aplica as regras igualmente para todos, protegendo seus interesses. Seja como for, as regras devem ser aplicadas.



Assim como as leis se destinam a preservar a ordem, garantir a segurança e promover o bem-estar de todos, regras e práticas do mundo dos negócios servem para modelar o comportamento apropriado e aceitável dos que se relacionam com a organização.



O livro de Provérbios ressalta a importância do estabelecimento e manutenção de justiça, no trabalho, comunidade, lar ou outro lugar:“Não é justo favorecer o culpado, deixando de fazer justiça ao inocente” (Provérbios 18.5). “Quando se faz justiça, o justo se alegra, mas os malfeitores se apavoram” (Provérbios 21.15).



Próxima semana tem mais!


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