Maná da Segunda

Maná da Segunda: Lições de um cruzeiro



Por Jim Mathis



Minha mãe e eu acabamos de retornar do Alasca a bordo de um navio de cruzeiro. Foi uma viagem agradável, mas o que mais me impressionou foi a tripulação. Eram 755 membros da tripulação de 51 países diferentes, com as mais variadas aparências, cores e graus de instrução. A única coisa em comum era seu desejo de servir. Além de evidente ética profissional tinham enorme desejo de agradar os passageiros e uns aos outros.



Fizemos esforços para conhecer alguns mais de perto e aprender um pouco sobre eles. Alguns estavam passando algum tempo longe da faculdade ou tinham acabado de sair dela; outros eram profissionais temporários. Havia também, quem simplesmente precisava do dinheiro. Todos, porém, pareciam ter sinceramente, grande respeito pelos outros e trabalhavam duro para fazer do cruzeiro uma experiência maravilhosa para cada um dos envolvidos.



Um deles comentou que a equipe multicultural e multinacional era similar às Nações Unidas, exceto que a bordo, as pessoas realmente gostavam umas das outras. Minha observação foi que na ONU o propósito de cada embaixador é defender a honra e os interesses de seu país a qualquer custo, mas no navio era o de trabalhar em equipe, num espírito de mútua cooperação para o alcance das tarefas.



Durante a viagem, meio que brincando, sugeri a algumas pessoas que deveríamos despedir todo mundo na ONU e designar sua tarefa àquela tripulação, até porque a maioria das nações estava ali muito bem representada. Creio sinceramente que com pessoas como aquelas, focadas no bem comum e não nos próprios interesses, seriam encontradas soluções viáveis em pouco tempo, para a maioria dos problemas do mundo.



Jesus falou muito sobre o ser servo. Ele enfatizou a importância de se ter disposição dedicada a servir e com a devida consideração pelos outros. Ele disse: “Pois nem mesmo o Filho do Homem (Jesus) veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.45). Um de Seus seguidores – o apóstolo Paulo – escreveu: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Filipenses 2.3-4).



Com freqüência, no campo profissional, empresarial, no governo, na mídia e mesmo em instituições educacionais e religiosas, temos pessoas erradas ocupando cargos de autoridade. Em geral, só os que cuidam de si mesmos, fazem isso para se tornarem líderes de seu país, empresa ou organização.



Assim, não surpreende que seja confiado a embaixadores o trabalho de defender o país que representam, mesmo à custa de outras pessoas. Poucos desses pretensos líderes têm algum desejo ou motivação para, realmente, solucionar problemas e fazer o que puder para ajudar os necessitados.



Talvez fosse sábio, ao irmos para nosso local de trabalho, seja ele um pequeno negócio ou uma grande multinacional, adotarmos a atitude da tripulação desse cruzeiro.



Próxima semana tem mais!


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Jim Mathis é Diretor Executivo da CBMC em Kansas City, Kansas e Kansas City, Missouri, U.S.A.. Ele e a esposa, Louise, anteriormente eram proprietários de uma loja de câmeras e processamento de fotos em Overland Park, Kansas. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.br)


MANÁ DA SEGUNDA® é uma edição semanal do CBMC INTERNATIONAL, uma organização de âmbito mundial, não-denominacional, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial.

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