Por Jim Langley
Você provavelmente já notou o quanto a vida se tornou complexa. Empresários e profissionais examinam centenas de e-mails a cada dia de trabalho a fim de localizar apenas cerca de uma dúzia que serão relevantes para o seu negócio. Até mesmo muitos indivíduos aposentados comentam como suas vidas ficaram corridas mesmo depois do final de suas carreiras. Com frequência, eles refletem sobre o quanto mais costumavam realizar quando trabalhavam em tempo integral!
Parece que quanto mais avanços fazemos, mais a tecnologia nos aprisiona nas armadilhas do tempo. Em minha profissão na área de seguros, tenho observado que os últimos 40 e tantos anos trouxeram grandes avanços na forma pela qual fazemos negócios. Sou capaz de apresentar muito mais dados em menos tempo a meus clientes e clientes potenciais. É interessante notar, porém, que quando minha esfera de negócios era menos complexa, com poucos recursos e opções, eu era capaz de fazer mais negócios com menos esforço. Você se identifica com este paradoxo?
Muitos de nós se deixam levar pelo desejo de adquirir os smartphones de última geração para usar todos os aplicativos desenhados com o intuito de tornar a vida mais fácil e mais agradável. Meu carro vem com um sistema de navegação embarcado, e eu posso sempre usar o aplicativo de GPS do meu celular. Mas, surpreendentemente, eu geralmente gosto de achar o meu destino da maneira antiga – usando uma versão impressa do Google Maps, ou, às vezes, recorrendo a um velho mapa da cidade que trago no meu porta-luvas.
Nós temos “avançado” demais, as pessoas nas cafeterias não leem mais sua seção favorita dos jornais para evitar desenvolver conversações com seus amigos e familiares. (Em muitas cidades, é até difícil encontrar um jornal). Ficamos encarando smartphones ou tablets ao invés de nos comunicarmos com outras pessoas face a face. Para mim, dói ver uma família de quatro ou mais pessoas sentadas em um restaurante, cada qual apegada a seu aparelho de mídia pessoal, deixando escapar a maravilhosa oportunidade de ouvir acerca do que está acontecendo na vida de cada uma das demais pessoas.
Por esse motivo, eu procuro deliberadamente simplificar minha vida. Isso inclui concentrar o foco em Deus, Aquele que criou e projetou nosso complexo mundo, embora proporcione diretrizes simples, mas efetivas, para vivermos. Muitos anos atrás eu coloquei minha fé nesse Deus complexo, conscientizando-me de que Seus caminhos são muito fáceis de seguir. Não precisamos de dispositivos eletrônicos que revelem Sua vontade para a nossa vida. As verdades e princípios da Sua Palavra nos ajudam a permanecer estáveis neste nosso mundo cada vez mais complexo. Aqui estão alguns deles:
Os Mandamentos de Deus – regras para viver – são simples. Muitas empresas têm extensos manuais para seus funcionários, e quando compramos um carro, uma ferramenta ou dispositivo eletrônico, eles vêm com instruções complexas. Porém, quando Deus expôs os Seus mandamentos, Suas regras para a vida, Ele deu apenas dez. O primeiro serve de alicerce para todos os outros: “Não farás para ti nenhum ídolo...Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque Eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso...mas trato com bondade até mil gerações aos que Me amam e obedecem aos Meus mandamentos.” (Êxodo 20:4-6).
Ele oferece um caminho simples para a sabedoria. Nosso mundo está cheio de conhecimento e informação, mas parece que a sabedoria está com um suprimento muito pequeno. Deus promete proporcionar sabedoria àqueles que a buscam: “A lei do Senhor é perfeita e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes.” (Salmos 19:7).
A provisão de Deus não é complicada. Nós planejamos, arquitetamos e esquematizamos maneiras de atingirmos nossos objetivos e satisfazermos nossas necessidades, mas os caminhos de Deus são relativamente simples. Tudo o que Ele requer é fé e confiança inabalável nEle. “O Senhor protege os simples; quando eu já estava sem forças, Ele me salvou.” (Salmos 116:6).
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Langley, agente e perito em seguros de vida (CLU), da New York Life, desde 1983. Membro ativo do CBMC Santa Bárbara, Califórnia, desde 1987. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2024 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão
1) Muitos dos avanços tecnológicos disponíveis a nós são bastante úteis, mas, de uma certa maneira, tornam a vida cotidiana mais complicada. Você pode dar algum exemplo disso?
2) Se você já está no mercado de trabalho por um certo período de tempo, provavelmente pode se lembrar como era sem algumas das maravilhas eletrônicas de hoje. Você já teve saudade dos “bons tempos antigos”, quando existia menos complexidade e distrações? Explique sua resposta.
3) A despeito de todos os aparelhos disponíveis que “poupam tempo”, muitos estudos indicam que estamos experimentando mais estresse e insatisfação do que nunca. Como você explica isso?
4) Foi sugerido que a fé em Deus pode ajudar a simplificar nossa vida diária, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Você concorda? Por quê?
Nota: Desejando considerar outras passagens bíblicas referentes ao tema sugerimos: Êxodo 20:1-17; Salmos 19:7-8; 116:5-6; Provérbios 8:1-11; Marcos 12:28-31.
Desafio Para Esta Semana
Nós vivemos em um mundo acelerado, quase nos obrigando a perseguir a vida em um ritmo frenético. Ao longo da próxima semana, tente desacelerar o bastante para avaliar o quanto a sua vida se tornou complexa e o quanto isso é controlado pelas ferramentas e dispositivos tecnológicos que estão disponíveis a nós.
Encontrar com alguém – um bom amigo ou mentor – e discutir maneiras pelas quais você poderia simplificar sua vida e reduzir os níveis de estresse que está experimentando, poderia ajudar. Ore para Deus lhe dar sabedoria para abrir mão de algumas boas coisas para que você possa concentrar seu foco nas melhores coisas.