Por Robert Tamasy
Tanto na área profissional como de negócios ouvimos frequentemente sobre "melhores práticas" que distinguem os concorrentes. Trata-se de um método ou técnica que produz resultados superiores aos alcançados com outros meios e que é usado como padrão. A melhor prática se torna melhor com aperfeiçoamentos.
É sensato para qualquer organização fazer avaliação de suas práticas, não apenas para se compararem com outras empresas, mas também para determinar como melhorá-las. Não seria sensato para nós, enquanto pessoas, também fazermos uma avaliação de nossas “melhores práticas”.
Anos atrás trabalhei para uma organização sem fins lucrativos e um alto executivo me perguntou como eu via meu futuro nela. A pergunta me pegou de surpresa, já que eu não tinha intenção de “subir a escada corporativa”. Como escritor e editor eu me sentia realizado, confiante de que estava no lugar onde melhor me encaixava para dar suporte aos objetivos e metas da organização.
Naquele momento minha “melhor prática” era compreender o que eu era melhor qualificado para fazer e achava mais significativo e recompensador. Lutar por uma função de maior prestígio poderia significar fazer menos e assumir mais responsabilidades. Embora os reconhecesse como objetivos nobres, eu tinha uma compreensão clara de que não era o curso que eu desejava seguir. Como afirmou Oswald Chambers, um dos meus escritores favoritos, “O bom é inimigo do ótimo.” Uma promoção teria sido uma coisa boa, mas para mim não teria sido a coisa ótima.
Descobri que a Bíblia fala especificamente de “melhores práticas” para nós como indivíduos. Aqui estão alguns exemplos:
Viemos para esta vida com um propósito especial. É submissão considerar que mesmo antes de nascer Deus tinha em mente um plano especial para nossa vida. O que fazemos — e somos bons em fazer — não é acidente. “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção” (Salmos 139.13-14). “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Efésios 2.10).
Operamos melhor ao trabalhar em conjunto com outras pessoas. Em qualquer organização algumas pessoas desempenham papéis mais visíveis e prestigiados, mas todo trabalho é importante para realizar a missão corporativa. “De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a Sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo” (1Coríntios 12.18-20).
Trabalhamos com mais eficiência quando usamos ao máximo nossos dons e habilidades. Quando usamos as habilidades e capacitação que nos são exclusivas e próprias, podemos desempenhar nossas responsabilidades com muito mais entusiasmo e paixão. Assim fazendo, recebemos o reconhecimento pela qualidade do nosso trabalho — e somos capazes de fazer mais. “Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura” (Provérbios 22.29).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Geórgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes.sergio@gmail.com)
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. O que lhe vem à mente ao ouvir a expressão “melhores práticas”?
2. Você concorda que a ideia de melhores práticas pode ser aplicada a indivíduos, bem como a empresas e organizações?
3. Que acha da afirmação de que, “O bom é inimigo do ótimo.”? Como isso se aplica à sua vida profissional e pessoal?
4. Você concorda com a ideia de que cada um de nós tem um plano e um propósito especial ordenado por Deus para nossa vida?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 12.11; 1Coríntios 12.12-30; Colossenses 3.17, 23; 2Timóteo 3.16-17.