Por Robert J. Tamasy
Durante os anos que passei como editor de revista, um dos meus momentos preferidos era quando reuníamos a nossa equipe de criação para planejar os títulos e desenhos gráficos para a edição seguinte. Como escritor com um bom sentido para a apresentação visual, eu costumava ir para aquelas reuniões tendo minhas próprias ideias, mas saia de cada uma delas surpreso com o resultado de nossa sinergia criativa. E quando a edição estava finalmente sendo impressa, não havia dúvidas de que o todo era maior do que a soma das partes.
Um colega meu costumava afirmar isso da seguinte maneira: “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós.” Isso porque todos temos nossos pontos fortes e áreas em que somos peritos. Individualmente, somos capazes de realizar algumas coisas boas; porém, junte pessoas diferentes, desejosas de reunir suas respectivas habilidades e você passará a ver, ao invés de um bom trabalho, uma pura obra de arte.
Considere uma orquestra sinfônica. Você tem um grupo de cordas, instrumentos de sopro, metais e percussão. E dentro de cada um desses grupos, você tem instrumentos especializados. Por exemplo, no grupo de percussão, você pode ter o tambor de cordas, o bumbo, os tímpanos, pratos, sinos e gongos. Cada um é destinado a produzir sons distintos que, quando tocados em um concerto com todos os demais instrumentos, pode resultar em uma maravilhosa peça musical.
O mesmo se aplica ao mundo dos esportes, aos atletas de diferentes portes e com diferentes habilidades, todos tendo responsabilidades distintas em uma coletiva busca pela vitória – resultado que seria impossível se um ou mais membros do time deixassem de desempenhar suas atribuições.
Podemos observar isso diariamente no mundo empresarial e profissional. As companhias distinguem-se umas das outras quando as pessoas certas são colocadas nos postos corretos para desempenharem responsabilidades corretas. Deixar de utilizar as capacidades individuais alinhando-as para obter o máximo desempenho pode levar ao fracasso de uma empresa, até mesmo à falência. Eu gosto do que a Bíblia ensina a respeito de pessoas trabalhando juntas, em harmonia, para alcançar um objetivo comum:
Trabalhando juntos somam-se as forças. Já se observou que um cavalo de carga pode puxar determinado peso, mas dois trabalhando juntos geralmente conseguem puxar múltiplas vezes aquele peso. “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!...Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” (Eclesiastes 4:9-12).
Trabalhar juntos afia as nossas habilidades. Todos nós podemos melhorar e, ao trabalharmos juntos, podemos nos ajudar mutuamente a reconhecer pontos cegos, identificar fraquezas e complementarmos as forças uns dos outros. “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro.” (Provérbios 27:17).
Trabalhar juntos proporciona o suporte necessário. Os desafios e as adversidades podem desencorajar e abater até mesmo os indivíduos mais determinados. Trabalhando juntos podemos proporcionar o encorajamento e suporte mútuos. “...encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’...(Hebreus 3:13). “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.” (Hebreus 10:24-25).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2022 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão1. Você já trabalhou em um projeto com um grupo e experimentou um resultado que de longe excedia o que você tinha imaginado que conseguiriam juntos? Como foi e qual a sensação?
2. Como você entende a afirmação “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós”? Pela sua experiência você acha que esse princípio é fortemente enfatizado no ambiente de trabalho? Por quê?
3. Quais as desvantagens de se insistir em trabalhar independentemente, mesmo que seja uma pessoa extremamente talentosa e habilidosa naquilo que faz?
4. Você tem alguém que seja como “o ferro que afia o ferro” para você? Descreva como é isso. Que problemas podem surgir caso não tenhamos um relacionamento de trabalho no qual possamos afiar-nos mutuamente?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Números 11:10-17; Eclesiastes 4:8; Marcos 6:7; Lucas 9:1-6; 10:1-2.