Por Rick Boxx
Clay possuía uma revenda de carros que já fora um negócio de sucesso, mas que agora passava por dificuldades. O fluxo de caixa era quase inexistente, embora suas faturas ainda tivessem que ser pagas se ele quisesse manter as portas abertas. A companhia de Clay estava vendendo alguns carros, mas não o suficiente para cobrir as despesas gerais do mês.
Para compensar os problemas de fluxo de caixa, Clay tinha formulado um plano de financiamento com o banco local. O banco lhe emprestava uma porcentagem sobre o preço de venda de cada carro que ele estava tentando vender. Cada vez que um dos carros financiado fosse vendido, Clay pagaria ao banco o saldo total do financiamento daquele carro.
As coisas ficaram tão difíceis que quando Clay vendeu alguns carros, ele optou por não dizer ao banco ou pagar-lhe a quantia devida. A princípio isso pareceu dar algum tempo adicional a Clay, mas já que o problema fundamental não fora resolvido, pouco tempo depois ele teve que enfrentar novamente a mesma situação.
Foi então que Clay pediu conselho, tendo esgotado todas suas opções para resolver o dilema. Ele temia ter que enfrentar em breve acusações de fraude por parte do banco. Ele também estivera ponderando sobre a possibilidade de pedir falência, mas se preocupava com as implicações potenciais, tanto práticas quanto biblicas, dessa atitude.
Questões Para Reflexão/Discussão.:
1. Quais eram algumas das opções que Clay poderia ter considerado na primeira vez em que vendeu carros e não pagou o banco? Como o cenário mudaria, caso ele tivesse escolhido outra opção?
2. Se você se encontrasse na situação de Clay, o que acha que teria feito? Que tipo de questões devem ser abordadas numa situação como essa?
3. Imaginando que você é conselheiro dele, que passos específicos você recomendaria que Clay adotasse? E quanto à questão de pedir falência – como você aconselharia que ele lidasse com essa opção? Você acredita que essa seria uma opção viável para Clay, um seguidor de Jesus Cristo?
Melhores Práticas
Com base em Provérbios 24:6, “Pois com conselhos prudentes farás a guerra, e na multidão dos conselheiros há vitória.”, Clay ligou para mim no Resource Center pedindo conselhos sobre como navegar através dessa situação difícil. Pela oração e discussão, juntos fomos capazes de desenvolver um plano que Clay concordou em implementar.
Mesmo tendo sido difícil e humilhante, o seu passo inicial necessário foi confessar seu pecado, primeiramente a Deus, e depois ao banco. I João 1:9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.”
Também concordamos que a questão da reconciliação era importante, buscando evitar consequências futuras e restaurar o relacionamento de confiança entre Clay e o banco financiador. Em Mateus 5:23-26, Jesus ensinou: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois, vem, e apresenta a tua oferta. Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e te recolham à prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo.”
Próxima semana tem mais!
Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto
Aqui estão algumas passagens da Bíblia relacionadas com questões como esta: Provérbios 10:9; 11:2-3; 12:19,22; 15:33; 16:18; 20:17,25; 22:4, 24-26; Mateus 5:37; Tiago 5:12.