Por Luis Cervino
Você já assistiu ao reality show da tevê intitulado “Undercover Boss – Chefe Oculto”? Nele, donos ou CEOs de grandes companhias se disfarçam e se introduzem no meio dos empregados por uma semana ou duas, trabalhando entre eles para conhecer em primeira mão como eles desempenham suas tarefas e satisfazem suas necessidades pessoais. Esses chefes aprendem sobre os trabalhos mais internos de suas empresas – tais como pizzarias, grandes grupos hoteleiros, empresas de manutenção e lojas de conveniências.
Ao final de cada programa, os chefes tiram seus disfarces, revelando-se a seus empregados e ativam mudanças positivas no ambiente de trabalho. Eles geralmente recompensam empregados com benefícios extras, tais como bolsas de estudo para seus filhos, pagamento de ausências quando necessárias ou doação de cuidados médicos. Em alguns casos, empregados negligentes foram identificados e dispensados. O conceito básico é que altos executivos separem tempo para revisar pessoalmente o que se passa em suas companhias, interagir com os funcionários e instituir os ajustes necessários.
O interessante é que este conceito não é novo; ele aconteceu há 2.000 anos quando Deus decidiu vir viver “disfarçado” entre a Sua criação. Ele não começou Sua estadia em um palácio ou com grandes cerimônias. Ao contrário, como Jesus Cristo, Ele escolheu vir com simplicidade, viver entre trabalhadores, com uma família humilde que nada tinha de presunçosa. Seu nascimento recebeu pouca atenção, a não ser por parte de umas poucas testemunhas – um punhado de camponeses e Seus pais terrenos. Para Sua chegada, Ele escolheu um local incomum para uma pessoa importante: um estábulo, um abrigo para animais.
Cerca de dois anos mais tarde, alguns indivíduos instruídos – comumente conhecidos como “homens sábios” – vieram prestar a Jesus uma homenagem apropriada, trazendo-Lhe alguns presentes. Retornaram depois para suas casas distantes. Jesus passou os anos seguintes desenvolvendo-Se até a idade adulta, aprendendo o ofício de carpinteiro com José, Seu pai terreno, vivendo e conhecendo pessoas, experimentando os desafios e problemas da vida cotidiana.
Em quatro livros da Bíblia, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, encontramos os relatos de Suas proezas e como Ele usou os exemplos do dia a dia para ensinar verdades eternas àqueles que O seguiam, algumas vezes de forma específica e direta, outras sob a forma de estórias (parábolas), dirigindo-Se às pessoas tanto em grupos quanto individualmente.
Vivendo entre as pessoas como um “Chefe Oculto”, Jesus conheceu em primeira mão as pressões do trabalho, família e sociedade. Ele compreendeu as necessidades e lutas inerentes a uma grande gama de pessoas – adúlteras e prostitutas, coletores de impostos, pescadores humildes, doentes e pobres, religiosos arrogantes e autoridades civis.
Ele experimentou o sentimento humano de ser traído, de ter Sua bondade repelida por causa da incredulidade, de ser falsamente acusado sem nenhuma evidência do crime alegado. E, como os chefes ocultos da tevê, Jesus ofereceu imerecidos presentes e benefícios. Neste caso, o Seu amor, aceitação e perdão incondicionais, reconciliação e transformação, e, por fim, a vida eterna com Seu Pai Celestial.
Seu Nome é Jesus Cristo, e este mês lembramos Seu aparecimento na terra com o evento chamado Natal. Em muitos casos, o significado central desse dia tem sido distorcido. Alguns se recusam a dizer “Feliz Natal”, substituindo-o por “Boas Festas”, mais politicamente correto, para não ofender os que não creem em Jesus.
Porém nós, seguidores de Jesus, não temos medo de dizer “Feliz Natal”, porque sabemos “...um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os Seus ombros. E Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6).
Próxima semana tem mais!
Luis Cervino é cirurgião maxilo-facial em Torreon, Coahuila, México, onde reside com sua esposa, Rocio, e seus dois filhos. Ele é membro do CBMC/CPEC no México desde 1997, e traduz o Maná do inglês para o espanhol desde 1999. Suas traduções alcançam leitores no México e em muitas outras partes do mundo. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).
Perguntas para Reflexão ou Discussão
1. Se você já assistiu ao reality show mencionado, qual sua impressão sobre ele ou seu conceito geral?
2. Como seria se você servisse como “Chefe Oculto” em seu ambiente de trabalho? Qual o valor dessa atividade sob disfarce?
3. Que você pensa sobre Deus ter assumido a forma humana e vivido entre a Sua criação como afirma João 1:14: “Aquele que é a Palavra tornou-Se carne e viveu entre nós”?
4. Por que você acha que essa “abordagem disfarçada” era necessária para Deus? Ele poderia ter feito o que fez de alguma outra forma? Explique sua resposta.
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Lucas 2:4-20; João 1:1-5; Colossenses 1:15-20; Hebreus 1:1-3.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2016 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL