Por Ray Kerwood
Negócios envolvem riscos, e se você não está disposto a assumir riscos controlados, não deveria entrar nos negócios por conta própria. Com toda a certeza, eu cometi minha cota de erros, mas as boas escolhas superaram as ruins. Penso em uma ocasião em que o risco valeu a pena, mas somente porque eu fui agressivo, recusando-me a desistir cedo demais. Em outras palavras, eu não aceitaria um “não” como resposta.
Soube através do meu irmão mais novo, Jim, que vivia em Charleston, Virgínia Ocidental, que inúmeras companhias de sua área estavam vendendo um produto em específico, usado por companhias carboníferas em seus depósitos de sedimento, e que minha companhia, a Alpine Petroleum, poderia fornecer para venda. Vendo essa oportunidade em meu próprio estado natal me veio a ideia de ligar para um dos multimilionários mais proeminentes da Virgínia Ocidental, John Heater. Ele possuía 38 Go-Marts – uma combinação de posto de serviços, restaurante e loja de conveniência – em todo o estado.
Para abastecer esses locais, o Sr. Heater havia estabelecido um grande terminal de barcaças em St. Albans, Virgínia Ocidental. Ele também era o principal proprietário e presidente do Bank of Gassaway. Portanto, liguei para ele com uma pergunta. Estaria ele disposto a fazer um contrato com a minha companhia para transportar gasolina e óleo diesel?
O Sr. Hearter respondeu abruptamente: “Sr. Kerwood, embora eu já o tenha encontrado uma vez e saiba da sua boa reputação, porque o senhor pensou que eu teria algum interesse em sua oferta quando já recusei ofertas parecidas da Exxon, Pure Oil, Ashland Oil e Elk Refining Company?
Ao invés de acusar o golpe, escolhi agir como se ele fosse um grande amigo: “John, seu escritório está no meu caminho para Charleston, e eu só preciso de cinco minutos do seu tempo.” “Não”, ele disse. Eu me recusei a desistir. “John, eu tenho uma abordagem que prometo que você vai achar vantajosa. “Eu disse que não.” “Como uma cortesia,” persisti. “John, tudo o que peço são cinco minutos.” “Tudo bem”, ele finalmente concordou com relutância. “Mas lembre-se de uma coisa, Ray. Cinco minutos e nada mais.”
Foram precisos apenas cinco minutos para assinar um acordo que levou a uma parceria lucrativa de quatro anos. Se eu não tivesse sido persistente – até mesmo um pouco insistente demais – em pedir ao John que considerasse a minha oferta, nada disso teria acontecido.
(Em meu livro) menciono este e vários outros acontecimentos para enfatizar que ao longo da minha vida tomei muitas decisões que se mostraram favoráveis, não devido a alguma perspicácia em particular de minha parte, nem casualidade, nem pura sorte, mas sim pela intervenção divina e benção de Deus.
Dave Thomas, conhecido especialista em finanças da TV, sempre que perguntado “Como vai você?”, responde: “Melhor do que mereço!” Eu responderia a mesma coisa. Minha vida e carreira profissional têm sido ambas melhores do que eu mereço. E eu louvo o meu Pai, a quem pertence todo o crédito e glória.
Próxima semana tem mais!
Ray Kerwood - Esse texto é um trecho adaptado do livro “Cross Currentes: A World War II Survivor’s Voyage Through Life’s Storms to God’s Safe Port” (Correntes Contrárias - A Viagem de um Sobrevivente da II Guerra Mundial Através das Tempestades da Vida Até o Porto Seguro de Deus), autobiografia de Ray Kerwood. Membro do CBMC de longa data, Ray serviu com distinção como oficial da Marinha Mercante durante a II Guerra Mundial. Também serviu 28 anos ocupando vários cargos administrativos na Gulf Oil, até começar sua própria companhia, a Alpine Petroleum. Seu livro está disponível em sua totalidade e gratuitamente no Website do CBMC International. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2020 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão1. Você é um bom vendedor? Qual a parte mais difícil ao se vender algo, seja um produto, serviço ou até a si próprio?
2. Você já teve que enfrentar um vendedor persistente, alguém que se recusava a desistir? Qual foi sua resposta? Você o achou amolante ou admirou sua determinação?
3. Você acredita que persistência é um dos seus pontos fortes ou você é desencorajado com facilidade ao ponto de desistir? Explique sua resposta.
4. Ray atribui seu sucesso nos negócios à “intervenção divina e à benção de Deus” e não às suas próprias habilidades ou boa sorte. O que você pensa de tal conclusão? Você pode citar um exemplo de como e porque você se sente assim?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Romanos 5:1-5; I Coríntios 15:58; Gálatas 6:9-10; Efésios 2:10; Tiago 1:2-7.