Basta piscarmos os olhos e já é Natal. A maioria de nós está cheia de expectativas. Expectativas baseadas na maneira como entendemos essa festa. Para muitos, ela marca o final de mais um ano civil, tempo para festas e eventos e, quem sabe, a chance de uma folga das demandas do trabalho. Para outros, é uma amolação, uma interrupção do cotidiano. São os que adotam a posição de Scrooge, personagem do clássico de Charles Dickens, Um Conto de Natal, que soltava um, “Ora! Tapeação!”, para todos que exibissem o espírito festivo de Natal.
Puristas consideram o Natal uma celebração solene do nascimento de Cristo, a vinda de Deus à terra em forma humana. A maioria de nós, entretanto, vê o Natal como tempo para dar e receber presentes. Pouco se pensa no PRESENTEADOR. Talvez isso devesse mudar.
Em seu âmago, Natal diz respeito tanto ao presente como a quem o dá. Uma conhecida passagem Bíblica diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). É a declaração sobre o Doador, Deus-o Pai, e o Presente, Jesus Cristo, Deus-o Filho.
É extraordinário que um único evento — nascimento de um bebê numa cidade remota chamada Belém — viesse exercer impacto tão duradouro no mundo inteiro. Em muitas nações, de todos os continentes, o nascimento de Jesus é celebrado. Tradições quanto à forma de celebração diferem de cultura para cultura, mas todas giram em torno de uma declaração singular: “Aquele que é a Palavra (Jesus Cristo) tornou-Se carne e viveu entre nós” (João 1:14).
Jesus viveu uma vida exemplar, sem pecado. Ensinou princípios que funcionam não importa qual seja a crença da pessoa. Morreu na cruz, fazendo o que os cristãos acreditam ser a expiação definitiva pelos pecados do mundo. Ressuscitou dos mortos, demonstrando não apenas a vitória sobre a morte, mas também o oferecimento da vida eterna para quem aceitar esse presente único: “Contudo, aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1:12). Outra passagem afirma: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Romanos 6:23).
Assim, observamos uma distinção clara: ao recebermos presentes de Natal, ou presenteamos outras pessoas, nosso foco concentra-se no presente. “O que eu vou ganhar?”, ou, “O que eles gostariam que eu lhes desse?” O presente original e central do Natal — o Filho de Deus — também nos estimula a pensar no Doador, cujo extraordinário presente de perdão dos nossos pecados reflete Seu amor, graça e misericórdia, disponível a todos quantos receberem esse presente que lhes é oferecido gratuitamente.
Mas esse presente vai muito além do simples perdão, porque nos apresenta também a oportunidade de uma nova vida, um novo começo. 2Coríntios 5:17 declara: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo!”
Neste Natal, em meio às festividades, compartilhando boa comida, apreciando o tempo passado junto à família e aos amigos, trocando presentes e, para muitos, reunidos para um culto de celebração, espero que você pare um momento para também refletir e ponderar sobre a benevolência do PRESENTEADOR, bem como a vinda do PRESENTE.
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's Workplace" e "Tufting Legacies" (ainda não traduzidos para o português). Em co-autoria com David A. Stoddard escreveu "The heart of Mentoring" e tem editado numerosos outros livros, incluindo "Advancing Through Adversity", por Mike Landry. Tamasy mantém um site www.bobtamasy-readywriterink.com e um blog atualizados semanalmente www.bobtamasy.blogspot.com. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Sergio Fortes.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Ao pensar no Natal, o que lhe vem à mente em primeiro lugar?
2. Por que dar presentes é tão importante para as tradições de Natal?
3. Você vê o nascimento de Jesus Cristo apenas como um evento religioso ou histórico, ou algo de uma significância transcendente?
4. Considerando os presentes da vida eterna e perdão dos pecados, como prometido nas Escrituras, você crê que já os recebeu pessoalmente? Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: ucas 2:1-20; João 1:1-4; 12-14; Romanos 5:1-2, 8; 2Coríntios 5:20-21; Gálatas 2:20.
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