Por Jim Langley
Nossa cultura parece estar em constante mudança nestes dias. Pessoalmente, cheguei à conclusão de que não posso mais acompanhar – muito menos me conformar com – tantas mudanças culturais que estão acontecendo ao nosso redor. Houve um tempo em que eu aceitava essas mudanças sociais como sendo inevitáveis. Entretanto, como seguidor de Jesus Cristo, agora compreendo que não posso fechar os olhos para muitas dessas mudanças e estou me posicionando de acordo com o que chamo de “conformidade espiritual”. Somos chamados pelo nosso Senhor para seguir os Seus caminhos, e não nos conformarmos aos caminhos deste mundo.
Romanos 12:1-2 admoesta todos os cristãos: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem [conformem] ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Quando eu era um jovem oficial nas forças armadas dos EUA, fui instruído a seguir as ordens e comandos que vinham de cima. Uma conduta ordenada e governada por regras estabelecidas produz resultados positivos por parte de qualquer grupo de pessoas. As empresas também precisam estabelecer as melhores práticas a fim de assegurar que seus funcionários sigam diretrizes que honrarão sua companhia e servirão de modo apropriado seus clientes.
Sendo um golfista entusiasmado, tomei consciência do propósito das regras existentes para o jogo que me é tão querido. Todos os esportes organizados têm regras por uma razão: se não houvesse limites, o caos se instalaria; os jogadores tirariam vantagem sempre que assim o quisessem. Sem regras adequadas e apropriadas, o resultado seria uma anarquia competitiva.
Acredito que esse seja o problema com toda a revolta cultural que temos observado em anos recentes. Muitas pessoas simplesmente torcem as regras enquanto passam pela vida fazendo aquilo que elas sentem estar certo aos seus próprios olhos. Na verdade, é isso o que o Antigo Testamento nos diz. Em Juízes 2:10-11, lemos: “Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que Ele havia feito por Israel. Então os israelitas fizeram o que o Senhor reprova e prestaram culto aos baalins.”
Agora, deixem-me sugerir que encaremos isso por um ângulo diferente. Ao invés de julgar e culpar, é preferível oferecer o que penso seja o antídoto para essa crescente pandemia espiritual. Aqueles entre nós que têm um relacionamento pessoal com nosso Pai Celestial por meio de Jesus Cristo são capazes de se apropriar de Sua vida espiritualmente, através do Espírito Santo que vive em nós. Precisamos clamar ao Senhor e pedir que Ele nos encha com o Seu Espírito Santo e nos dê o discernimento necessário para adotarmos as ações apropriadas e assegurar que a mensagem de Deus de paz e esperança seja comunicada eficazmente, permeando o coração daqueles que estão em torno de nós.
Dentro deste contexto de buscar viver uma vida contracultural que honre a Deus, penso nas palavras escritas pelo apóstolo Paulo em Colossenses 3:15-17: “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dEle graças a Deus Pai.”
Nós precisamos nos apegar firmemente ao que sabemos ser verdadeiro e correto, e com sabedoria permanecermos firmes na graça derramada sobre nós pelo nosso Senhor. Então, poderemos orar por cura e restauração dessa cultura e das pessoas, inclusive aquelas que encontramos todos os dias no ambiente de trabalho.
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Langley, agente e perito em seguros de vida (CLU), da New York Life, desde 1983. Membro ativo do CBMC Santa Bárbara, Califórnia, desde 1987. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2020 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL
Questões Para Reflexão ou Discussão1. O que você pensa das mudanças culturais que temos experimentado nos anos recentes? Você tem se conformado a essas mudanças, embora sejam contrárias às suas crenças e práticas?
2. Por que, em sua opinião, é tão difícil se posicionar e defender valores que são contrários às mudanças culturais?
3. Em Romanos 1:16, o apóstolo Paulo afirma: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...Porque no evangelho é revelada a justiça Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé...O justo viverá pela fé.” Como isso se aplica à forma como lidamos com a cultura em constante mudança a nossa volta?
4. Considerando o que você conhece sobre a vida de Jesus Cristo, como pensa que Ele lidou com os desafios dentro da cultura em que Ele viveu aqui na terra? O que isso nos ensina?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Salmos 139:23-24; Jeremias 31:33-34; Romanos 8:26-27; Efésios 5:11-17; Colossenses 1:27-29.