Por Jim Mathis
A vida pode ser comparada a um jogo de basquetebol, ou ainda aos minutos finais de uma partida de futebol. A certa altura do jogo você chega ao último tempo. Você se sente cansado, talvez um pouco machucado, mas o relógio mostra que ainda há jogo pela frente. Ainda há jogadas a serem feitas e existe a chance de que sejam as mais importantes da partida. É nesse momento que você ganha ou perde a competição.
Ao contrário do que acontece no futebol, na vida real não podemos ver o relógio. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Também não temos muita certeza de qual é o placar. Estamos ganhando ou perdendo? Tudo o que sabemos é que o jogo ainda não acabou. Nossos amigos ainda estão assistindo e torcendo, e precisamos terminar de forma vigorosa.
O Coronel Harlan Sanders se deu conta de que não poderia viver dos benefícios do seu Seguro Social, por isso, aos 68 anos de idade, ele fundou a Kentucky Fried Chicken (rede agora conhecida por KFC). Arnold Palmer ainda projetava campos de golfe quando morreu recentemente neste ano aos 87 anos de idade, e Jane Pauley recentemente foi chamada para apresentar o programa de notícias das manhãs de domingo da CBS. Ela está com 65 anos.
Poderíamos citar centenas de outros exemplos brilhantes de pessoas que realizaram o seu melhor trabalho no estágio final de suas vidas. Portanto, o último tempo é importante – mesmo que jamais sejamos famosos.
Quanto a mim, o “último tempo” tem sido um bom momento para escrever, ensinar e passar adiante o que tenho aprendido com outros. Há alguns meses me dei conta de que tinha 30 datas marcadas em minha agenda para ensino ou preleção a serem feitos antes do final deste ano. Algumas eram aulas sobre impostos, outras sobre finanças pessoais dirigidas a um grupo e umas poucas tinham como foco as habilidades de escrever e fotografar. Eu precisava praticar minhas habilidades de orador público, já que iria colocá-las em uso ao longo dos próximos meses.
Quando somos jovens, parece que temos a eternidade diante de nós, portanto nos preocupamos pouco com os estágios finais da nossa vida. Entretanto, ao atingirmos os 50 ou 60 anos, começamos a tomar consciência de que o tempo para deixamos a nossa marca – dar uma contribuição significativa em vida – é cada vez menor. Por isso é sábio considerarmos esses últimos anos em termos de mordomia, um encargo sagrado.
A Bíblia tem muito a dizer a esse respeito:
O tempo é transitório. O tempo passa inexoravelmente. Não podemos detê-lo, ou conservá-lo e armazená-lo para um uso futuro. É trágico olharmos para trás e pensar no tempo que deixamos de usar com sabedoria. Se não usarmos o tempo, nós o perderemos. “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus.” (Efésios 5:15-16).
Tire vantagem das oportunidades enquanto pode. Em nosso “último tempo” teremos acumulado toda uma vida de experiências e habilidades. Quando surgirem as oportunidades para utilizar tais perícias, devemos fazê-lo com todo entusiasmo. “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.” (Eclesiastes 9:10).
Estamos sendo observados. A forma como vivemos nossa vida serve de exemplo para outros. “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.” (Hebreus 12:1).
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramática. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de "Câmaras de Alto desempenho", livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
Questões Para Reflexão ou Discussão1. Em que “tempo” da vida você está no momento? Caso ainda não esteja no “último tempo”, você ainda tem alguma preocupação sobre a forma como está usando o tempo e as oportunidades que surgem? Explique sua resposta.
2. Supondo que está no “último tempo”, o que pensa sobre a forma de investir o tempo que lhe resta?
3. Você concorda com a ideia de encararmos nosso tempo, experiência, perícias e oportunidades como mordomos destes recursos? Por quê?
4. Como deveria ser a preparação para o “último tempo” de sua vida? Caso já esteja vivendo esse tempo, você o está usando de forma a encontrar realização e significância para você e para os outros?
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Eclesiastes 3:1-8; 8:6-8; Efésios 2:10; Colossenses 4:5-6; II Timóteo 3:16-17.
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