Por Austin Pryor e Mark Biller
Nossos clientes geralmente nos procuram em busca de conselhos sobre que investimentos fazer, quando fazê-los e como receber um alto retorno pelos recursos investidos. Muitos princípios provados embasam os conselhos que damos aos nossos clientes, mas mesmo antes de fazermos isso é imperativo reconhecermos que todos nós estamos sujeitos aos perigos e armadilhas que podem nos impedir de alcançar nossos objetivos financeiros.
Talvez o mais importante seja uma verdade simples e universal: Como investidores, podemos nos tornar nosso pior inimigo. Esta observação decorre não apenas de décadas de experiência prática como investidores e gerenciadores de finanças, mas também é confirmada pelo que Deus nos diz na Bíblia.
Por causa de nossa natureza decaída, imperfeita, e de nos concentrarmos em nossos próprios interesses, seria de surpreender se não fôssemos o problema básico que enfrentamos ao investir. Considere por um momento o tipo de pessoa que somos, conforme descrito nas Escrituras:
Nossa sabedoria é defeituosa. Tendemos a considerar nosso planejamento e tomada de decisão claros, objetivos e racionais, mas na realidade não somos tão inteligentes ou sábios como gostaríamos de pensar. “Não se enganem. Se algum de vocês pensa que é sábio segundo os padrões desta era, deve tornar-se ‘louco’ (que abandone seu discernimento mundano e se reconheça obtuso, tolo e insensato, sem real aprendizado e instrução), para que se torne sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura (absurdo e insensatez) aos olhos de Deus.” (I Coríntios 3:18-19 – Amplificada, tradução livre).
Nossa motivação é impura. Quando tomamos decisões importantes na vida, principalmente aquelas que afetam nosso dinheiro e recursos materiais, facilmente podemos nos enganar e deixar de compreender nossos verdadeiros motivos. “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo (perceber, entender, conhecer seu próprio coração e mente)?” (Jeremias 17:9 – Amplificada, tradução livre).
Nossas emoções são poderosas. Uma larga gama de fatores emocionais, desde o medo, passando pela cobiça e inveja, influenciam nosso modo de pensar. Por causa disso, devemos ser cuidadosos para evitar decisões irracionais baseadas nas emoções, que mais tarde podem se provar desastrosas. “Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.” (Romanos 7:18).
Nossa visão é limitada. Embora desejássemos que não fosse assim, nenhum de nós é capaz de ver com precisão o futuro. Por causa disto, deveríamos não pressupor e agir somente com base no que esperamos que aconteça nos dias, semanas, meses e até mesmo anos que estão por vir. “Ouçam agora, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro.’ Vocês nem sabem (não têm a menor ideia) o que lhes acontecerá amanhã!...vocês se vangloriam (falsamente) das suas pretensões.” (Tiago 4:13-14, 16 – Amplificada, tradução livre).
Próxima semana tem mais!
Austin Pryor tem 36 anos de experiência aconselhando investidores e é o fundador da revista mensal "Sound Mind Investing", especializada na diversificação de investimentos segundo princípios bíblicos.
Mark Biller é o Editor da "Sound Mind Investing". Seus escritos sobre uma variedade de assuntos financeiros têm sido destaque na imprensa nacional e mídia eletrônica, e ele tem aparecido como comentarista financeiro para vários programas de rádio nacionais e locais.
Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.