Maná da Segunda: Produto em escassez no mercado
Por Robert J. Tamasy
A Constituição assegura que todos são iguais, o que significa direito a oportunidades iguais para se realizar na vida e se beneficiar de certos “direitos inalienáveis”. Em outros aspectos, entretanto,
homens e mulheres não são iguais, pelo menos em termos de bens materiais, talentos e habilidades individuais. Alguns parecem ter grande habilidade para gerar riquezas. Outros possuem
inteligência inata, enquanto outros são mais ágeis e atléticos. Uns são líderes talentosos e outros são especiais como artífices e em tarefas que exigem habilidades motoras. Uns são competentes em vendas e marketing e outros eficientes em comunicações. Podemos ser iguais em direitos, mas não idênticos.
Mas há um “artigo” que todos compartilhamos, algo que todos possuem em quantidade igual, pelo menos em tese: integridade. Alguém definiu integridade como "o que somos, de fato, por dentro". Outros a expressaram como o “quem somos no escuro, quando ninguém nos está olhando”. Tenho para mim que é a disposição de alguém manter seus compromissos, fazer o que promete e estar onde afirma estar, mesmo quando for inconveniente.
Integridade difere da maioria das outras “posses” pessoais. Em muitas ocasiões podemos ganhar mais dinheiro, se necessário. Através de treinamento, podemos melhorar habilidades atléticas ou desenvolver capacitações específicas. Integridade, entretanto, uma vez perdida, é difícil ─ às vezes, impossível ─ reconquistar.
Talvez por isso integridade seja tema recorrente na Bíblia, particularmente no livro de Provérbios. Muitas passagens são dedicadas à sua importância, enfatizando suas virtudes e alertando para os desdobramentos de se agir sem ela. Vejamos alguns exemplos:
. Integridade serve de escudo. Seja no trabalho, no lar ou outro lugar, se você sempre fala a verdade, nunca terá de tentar se lembrar das mentiras que disse anteriormente. Se você sempre se esforça por fazer o correto, jamais terá que fazer correções por ter feito intencionalmente o errado. “A retidão protege o homem íntegro, mas a impiedade derruba o pecador” (Provérbios 13.6).
. Integridade pode curar. Vivemos num mundo em que, infelizmente, desonestidade e conduta antiética se tornaram comuns. Em alguns ambientes são parte da cultura. Por isso, é revigorante encontrar e manter relacionamentos com pessoas determinadas a manter alto padrão de integridade. “O mensageiro ímpio cai em dificuldade, mas o enviado digno de confiança traz cura”
(Provérbios 13.17).
. Integridade merece respeito. Todos conhecemos pessoas que foram erroneamente punidas ou tratadas de forma injusta. Mas, geralmente, a pessoa que mantém elevado padrão ético e moral é respeitada, mesmo admirada. Na luta por fazer o certo, vamos conquistando a confiança daqueles com quem trabalhamos ou nos relacionamos mais de perto. “Não é bom castigar o inocente, nem açoitar quem merece ser honrado” (Provérbios 17.26).
. Integridade enfrenta oposição. Ser íntegro não é fácil. Os que não compartilham dos mesmos valores podem apresentar forte oposição, especialmente quando o certo representa uma ameaça à conquista de seus objetivos tortuosos. Agir com integridade, freqüentemente significa recusar atalhos convenientes ou o curso do interesse próprio. Porém, a longo prazo, as recompensas são incomparáveis, tanto pessoal quanto profissionalmente. “Os violentos odeiam os honestos e procuram matar o homem íntegro” (Provérbios 29.10).
Próxima semana tem mais!
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Texto de autoria de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Recentemente colaborou com David A. Stoddard em "The Heart of Mentoring: 10 Proven Principles for Developing People to Their Fullest Potential" (A Essência de Mentorear: 10 Princípios Provados Para o Desenvolvimento Pessoal em Todo o Seu Potencial" e, com Ken Johnson, “Pursuing Life With a Shepherd’s Heart” (Vivendo Com um Coração de Pastor). Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (jsfortes@globo.com)
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