Por Rick Boxx
O consumidor típico parece manter um alto nível de ceticismo em relação à propaganda. De acordo com os resultados de um estudo publicado em um website de marketing, mais de três em cada quatro consumidores – mais de 75% - acreditam que a maior parte das afirmações de um anúncio, não importa qual a mídia de comunicação utilizada, são exageradas ou intencionalmente enganosas.
Os homens e mulheres pesquisados também identificaram as cinco áreas em que eles menos confiam: perda de peso, artigos de beleza, bebidas alcoólicas, serviços financeiros e automotivos, nesta ordem. Assim, quando ouvimos ou vemos comerciais no rádio ou na tevê, ou quando lemos jornais, revistas ou nos anúncios on line de produtos nestas áreas, é mais do que provável que cheguemos à conclusão: “Não acredito nisso.”
No mundo profissional e empresarial um de nossos desafios é vender nossas organizações, bem como os produtos ou serviços que oferecemos. Compreensivelmente, neste processo, desejamos fazer o que pudermos para persuadir o comprador em potencial a experimentar o que temos para oferecer. Entretanto, no entusiasmo de tentarmos conseguir isso, podemos facilmente cair na armadilha de distorcer a verdade e enganar os clientes em benefício das vendas.
Para aqueles entre nós que professam seguir a Jesus Cristo, esse tipo de engano é muito problemático. Ele diminui a imagem que tentamos construir de embaixadores genuínos e sinceros de Cristo – Seus representantes no mercado de trabalho. Isso ainda enfraquece nossa eficácia evangelística. Por que alguém levaria a sério nosso esforço para transmitir a verdade e a realidade de Jesus se não puder nem mesmo acreditar no que dizemos a respeito dos produtos e serviços palpáveis que nossas companhias fornecem?
Pense nisso da seguinte maneira: Quando você entra em um ambiente e é saudado por um aroma agradável, como isso faz você se sentir? Faz com que você deseje permanecer ali por mais tempo? E quanto a entrar em um ambiente repleto de um cheiro desagradável? Você quer sair dali o mais rápido possível, certo? É interessante saber que a Bíblia aborda isso de forma muito específica.
O nosso “aroma” é agradável ou repulsivo? No Novo Testamento, II Coríntios 2:15 ensina que, quer estejamos cientes disso ou não, apresentamos um “aroma” a todos que encontramos: “Porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo.” Pense em você entrando em uma cafeteria e sendo recepcionado por agradáveis aromas de café, ou então em uma floricultura onde as delicadas fragrâncias de flores chamam sua atenção. Como seguidores de Cristo, devemos nos esforçar para exercermos o mesmo impacto naqueles com quem trabalhamos e encontramos todos os dias no ambiente de trabalho.
Nossa “essência” não fará sentido para alguns. Certamente existem aqueles que se sentem ofendidos pela simples menção a Jesus Cristo. Isso não é problema nosso. Porém, quando interagimos com as pessoas e elas descobrem que somos Seus seguidores, devemos tentar deixar uma impressão favorável. “...Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.” (I Pedro 3:15-16).
Para sermos embaixadores de Cristo eficientes precisamos lembrar que até nossos anúncios de negócios podem servir para produzir o aroma de Cristo. Eles representam os valores que abraçamos e em que confiamos.
Próxima semana tem mais!
Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto
Perguntas para Reflexão ou Discussão
1. Por que você acha que muitos consumidores são céticos a respeito do conteúdo e declarações dos anúncios?
2. Buscando persuadir alguém a comprar o produto ou serviço que fornece, você já se sentiu tentado a exagerar seus méritos? Você já foi “vitimado” por um anúncio enganoso? Como se sentiu?
3. Que ligação você acredita que existe ou deveria existir entre a fé que temos em Cristo e a forma como representamos os produtos e serviços que oferecemos por meio de anúncios, sejam eles impressos, veiculados pela mídia ou através da Internet?
4. Como você reage à ideia de ser um “embaixador de Cristo” – de andar, falar, anunciar, de forma positiva ou negativa, por Ele? Explique sua resposta.
Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos Levítico 3:16; Números 15:13; 28:27; Isaías 3:18-24; João 12:3; Colossenses 4:5-6.