Maná da Segunda

Maná da Segunda - Recuperando-se, nos Negócios e na Vida



Por Jim Langley

Jogo golfe desde que tinha 19 anos e ainda posso me lembrar dos meus primeiros nove buracos no campo de golfe da Universidade Texas A&M que joguei sem ter nenhuma instrução prévia. Até mesmo atletas experientes seriam bem inteligentes se adquirissem algumas instruções antes de jogarem uma rodada de golfe pela primeira vez. Foi isso o que descobri!

Golfe é de longe o esporte mais difícil que já tentei e eu estava determinado a fazer isso bem. Não me lembro do meu primeiro birdie (jogada em que se coloca a bola no buraco com uma tacada a menos do que o determinado, o que é bom para a pontuação. N.T.), mas me recordo do meu primeiro eagle (duas tacadas a menos N.T.) no campo de golfe de Breckenridge Park, há tempos o local do Texas Open, em San Antonio, Texas. Posso me lembrar de cada detalhe.

Um dos maiores desafios do golfe é se “recuperar” depois de colocar a bola no buraco anterior acima do par, ou seja, com mais tacadas do que o esperado, o que é ruim para a pontuação. Geralmente ouvimos os narradores de golfe pela TV falarem acerca de jogadores se recuperando de um bogey (uma tacada acima do par)quando conseguem um birdie(uma abaixo do par) no buraco seguinte. Atualmente, a recuperação para mim está mais para conseguir um par (número de tacadas esperado) depois de um monte de bogeys seguidos, já que o meu jogo de golfe tem sofrido com a idade. Porque continuo amando o jogo, a recuperação ainda provoca sentimentos de alegria.

Nem todos somos jogadores de golfe, mas todos podemos apreciar a necessidade de nos recuperarmos mesmo que nunca pegássemos em um taco de golfe. Tenho experimentado isso ao longo dos 30 e tantos anos passados; é possível que todos nós tenhamos. Passamos por uma entrevista de emprego com grande expectativa, mas outra pessoa é contratada. Depois de anos de trabalhar com afinco, pensamos que merecemos a promoção que tanto desejamos, mas ao invés disso, um colega é o escolhido. Investimos muitas horas cultivando um cliente importante, confiando em fazer uma grande venda, mas o concorrente é o contratado.

As experiências da vida pessoal também requerem uma mentalidade de recuperação. Quer seja em crises na área da saúde ou em lutas financeiras, dificuldades dentro da família ou emergências inesperadas e dispendiosas, todos nós aprendemos a importância de sermos capazes de nos recuperar das adversidades. Nem sempre tem sido fácil, mas ocasiões como essas têm provado ser tanto memoráveis quanto significativas para mim – lições importantes no aprendizado de como perseverar. Especialmente se não fizemos nada para merecer a posição negativa na qual podemos nos encontrar.

Ao lermos a Bíblia para aplicar seus ensinamentos às oportunidades e lutas diárias do ambiente de trabalho, descobrimos que os primitivos seguidores de Jesus Cristo aprenderam muito como se recuperar das adversidades e reveses. Os discípulos de Jesus – aqueles mais próximos a Ele durante Seu ministério terreno – passaram por muitas provações. A maioria deles morreu como mártires e ainda assim a sua fé os capacitou a perseverar por Cristo até seu último suspiro.

Encontramos um exemplo clássico nas palavras de Paulo à antiga igreja em Filipos. Ele escreveu: “Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Ao contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida, quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor; contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo.” (Filipenses 1:20-24).

Isto é o que eu creio que Deus deseja de nós. Ele não está necessariamente buscando mártires, mas, sim, seguidores dedicados que O coloquem e aos outros adiante de suas próprias necessidades. Ele quer que nós nos recuperemos de toda e qualquer situação negativa que nossos inimigos espirituais enviem contra nós e permaneçamos fiéis até o fim.

Próxima semana tem mais!

Texto de autoria de Jim Langley, agente e perito em seguros de vida (CLU), da New York Life, desde 1983. Membro ativo do CBMC Santa Bárbara, Califórnia, desde 1987. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.

MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2019 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL

Questões Para Reflexão ou Discussão

1. Você se identifica com a descrição de “recuperar-se” de um desempenho deficiente no esporte? Foi fácil para você desconsiderar o mau resultado, o erro, ou mesmo um movimento desastrado e recuperar-se na próxima oportunidade?

2. E quanto a suas experiências no trabalho? Como você reage quando suas expectativas não se realizam ou suas metas não são alcançadas?

3. Qual o papel da perseverança na capacidade de recuperação das várias formas de adversidade no trabalho – ou nas realidades da vida diária?

4. Você acredita que a fé em Deus tem um papel importante na nossa tentativa de recuperarmo-nos de reveses e desapontamentos, especialmente no trabalho? Por que e de que formas?

 

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: João 16:32-33; Romanos 8:28, 35-39; I Coríntios 4:10-13; II Coríntios 4:7-12; Tiago 1:2-4.

 

 


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