Por John D. Beckett
O Dr. Gonzales era um dentista bastante habilidoso e que se apresentava a seus pacientes de forma extraordinariamente cuidadosa e compassiva. Ele gastava tempo assegurando que seus clientes compreendessem os procedimentos a que seriam submetidos. Ocasionalmente, sem cobrar, ele prestava serviços para pessoas que não podiam pagar por eles e sempre acompanhava seus pacientes após intervenções importantes para assegurar-se de que eles estavam fazendo progressos.
Entretanto, havia um problema com alguns membros de sua equipe, os quais tiravam vantagem da natureza afável de seu chefe, fazendo as coisas de um modo descuidado que jamais seria permitido num ambiente de trabalho exigente e objetivo. Estes empregados não se sentiam responsáveis por suas ações e não temiam sofrer qualquer ato disciplinar por parte de seu patrão.
O Dr. Gonzales decidiu que precisava fazer algumas mudanças, sabendo que, se não as fizesse, seus pacientes e sua reputação como profissional poderiam ser afetados. Ele teria que ordenar que houvesse o mais elevado nível de respeito e cuidado profissional por parte daqueles que trabalhavam com ele, sem que isso comprometesse sua natureza gentil e cuidadosa. De que modo fazer isso já era outra história. Ele simplesmente não sabia como.
Questões Para Reflexão/Discussão.:
Como o Dr. Gonzales poderia instituir um maior nível de responsabilidade em sua clínica? Poderia ele mudar a cultura prevalecente para alinhá-la de forma mais clara com seus valores pessoais e sua conduta, mantendo ao mesmo tempo um modelo eficiente de empresa? Como?
Deveria ele despedir e substituir os membros de sua equipe para atingir seus objetivos? Por quê? Se este fosse o caso, em sua opinião qual a melhor forma de fazer isso?
Que medidas deveriam ser adotadas para assegurar o cumprimento consistente, por parte de sua equipe, dos padrões que ele deseja manter?
MELHORES PRÁTICAS.:
Compaixão e responsabilidade são verdades paralelas. Elas são como os trilhos sobre os quais o trem viaja. Ambas são necessárias, mesmo que alguns pensem que compaixão e responsabilidade sejam conflitantes e não possam coexistir. Líderes empresariais sábios se esforçam para certificar-se de que ambas as qualidades estejam em pleno funcionamento em suas organizações, sem jamais enfatizar uma, excluindo a outra.
Para outras considerações.:
Uma passagem do livro de Provérbios no Antigo Testamento expressa claramente a importância de combinar a compaixão e a responsabilidade no contexto empresarial. “Não te abandonem a misericórdia e a verdade...” (Provérbios 3:3 – tradução livre).
Jesus, ao falar a um grupo que se preparava para apedrejar uma mulher pega em adultério, apresentou o exemplo clássico de como mesclar com eficiência compaixão e responsabilidade em uma situação da vida real. Ele disse: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela.” Depois que todos os acusadores da mulher se foram, Jesus disse a ela com compaixão: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone a sua vida de pecado.” (João 8:1-11).
Em meu livro, Loving Monday, eu explico como compaixão e responsabilidade, quando usadas de forma apropriada, podem ser como os dois lados da mesma moeda: “Compaixão sem responsabilidade produz sentimentalismo. Responsabilidade sem compaixão é dura e insensível. A compaixão atrelada à responsabilidade é uma força poderosa.” Elas devem ser mantidas em equilíbrio, aplicando-se igual medida de ambas quando necessário.
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de John D. Beckett, presidente da R. W. Beckett Corporation em Elyria, Ohio, E.U.A., uma das principais fabricantes de sistemas de aquecimento residenciais e comerciais do mundo. Tradução de Mércia Padovani. Revisão de Juan Nieto.
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