Mensagem do Dia 18 -> O lugar da nossa raiva
Leitura: Salmo 137
Feliz aquele que pegar os seus filhos e os despedaçar contra a rocha! (v. 9)
Leia o Salmo 137 mais de uma vez e com calma, tentando enxergar todas as imagens que o salmista constrói. Tente se imaginar no lugar dessas pessoas. Ouça as palavras de uma das poesias mais lindas sobre o exílio.
Não vamos nos aprofundar nos chamados “salmos de vingança” (para isso há o excelente livro de Dietrich Bonhoeffer, Orando com os Salmos), mas ouvir o lamento sincero e extremo de um povo que sofre e sente raiva. Parece estranho ouvir esse salmo ao final de uma semana sobre o amor aos inimigos, mas há um propósito: dizer que Deus tem um lugar para a nossa raiva. Amar os nossos inimigos não nos transforma numa massa amorfa. Não nos torna incapazes de reagir às provocações, de perceber a maldade no mundo.
O Saltério está repleto de passagens em que os salmistas derramam diante de Deus sentimentos ruins pelos seus inimigos. O próprio Jesus virou as mesas do templo e brigou com os fariseus, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei, chamando-os de “sepulcros caiados”, “raça de víboras”, e outros adjetivos nada suaves. Na hora da cruz, porém, quando parecia óbvio Jesus ter raiva daquelas pessoas que estavam cometendo a maior injustiça da humanidade, Ele subiu ao Calvário, em silêncio, e orou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Jesus não nos convida a não sentir raiva, mas a sermos canais da graça de Deus em amor-ação pelos outros.
Aproveite o tempo da oração de hoje para derramar diante de Deus toda a raiva que você sente de alguém. Em seguida, veja o amor imerecido de Deus sendo derramado sobre você, e peça que você seja um canal desse amor para essa pessoa.
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