Mensagem do dia 19 -> Para Deus, os mortos vivem
Leitura: Mateus 22.23-33
“Ele não é o Deus de mortos, mas de vivos!” (v. 32)
Então Abraão, Isaque e Jacó vivem! Mas isso não contradiz a doutrina do Novo Testamento de que a ressurreição ainda virá, e que os mortos se encontram em estado de espera, que estão dormindo, aguardando o dia em que irão acordar para a vida?
É significativo que no Novo Testamento há as duas afirmações: o apóstolo Paulo pode dizer que cada um será vivificado por sua vez: Cristo, o primeiro, depois, quando ele vier, os que lhe pertencem (1Co 15.23). Quer dizer, a ressurreição é coisa do futuro. E o mesmo apóstolo diz: Desejo partir e estar com Cristo (Fp 1.23), fazendo entrever que ele crê que vai viver com Cristo, seu Senhor, imediatamente depois de morrer!
Não queremos tentar achar uma solução racional para a antiga pergunta do “entretempo” da morte e ressurreição. A Bíblia não fala de nenhum purgatório, e não nos encoraja a fazer desse assunto uma questão doutrinária central.
Talvez seja uma ajuda o seguinte pensamento: quando morremos, nosso tempo chega ao fim. Para os que nos sobrevivem, que continuam vivendo no tempo, estamos mortos, e continuaremos mortos até o dia da ressurreição. Mas já que para os mortos o tempo não mais existe, eles irão acordar para a vida no próprio instante em que morreram – mesmo que sejam mil anos depois de sua morte temporal. E já que para Deus também não vale nosso ontem e nosso amanhã – para Ele a ressurreição já é uma realidade: os mortos já vivem (Lc 20.38).
Nós vivemos na expectativa da ressurreição no dia da vinda de Jesus. Esperar por ela é parte integrante da fé. Mas também é algo imensamente consolador sabermos que estaremos com Cristo no momento em que dermos nosso último suspiro.
Que essa esperança nos ajude a vencer todo temor de morrer!
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