A Fé Começa em Casa – Aprendendo a Orar Como Convém
Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu: — Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele. (Lucas 11:1)
Quando criança, minha família era muito católica, como é a família da maioria dos imigrantes italianos. É praticamente uma tradição, não necessariamente o conhecimento de Cristo. Desta forma também era eu.
Eu estava com muita sede de conhecer a Deus verdadeiramente, mas as rezas que tinha aprendido não me ajudavam a ter contato com Ele, achava tudo tão mecânico, repetitivo e sem vida. Eu tinha algo dentro de mim que pedia por mais. No meu coração entendia Deus como uma pessoa com a qual eu poderia me relacionar e não estava conseguindo me expressar e tampouco ouvir o outro lado.
Eu orava toda noite antes de dormir agradecendo pelo dia e pedindo para guardar a noite de descanso.
Certo dia, por volta dos meus 12 anos, chamei a minha mãe e lhe disse:
— Mãe, eu queria falar com Deus, contar algumas coisas para Ele e não sei como fazer.
— Meu filho - disse ela. Faça sua primeira reza, dai fale para Deus o que você quer e depois faça a outra reza que costuma fazer.
— Mas Ele vai me escutar? Perguntei.
— Deus escuta tudo que falamos e vê tudo que fazemos - ela me disse.
Aquela orientação me tocou profundamente, pois tinha acabado de entender uma verdade espiritual e se abriu no meu entendimento algo muito sublime.
Agradeci a ela e imediatamente comecei a rezar, aguardando para entrar na parte tão esperada, falar o que estava no meu coração, o que sempre me enchia de alegria quando fazia.
A partir daquele dia eu ansiava por orar, me relacionar com Deus. Passei a lhe contar tudo sobre minha vida e pedir que me orientasse sobre como proceder.
Por outro lado, a linha de agir do meu pai era mais rígida, pois cria que deveríamos fazer sacrifícios para alcançar a Graça de Deus. Um dia, minha mãe foi a um encontro da igreja e nós ficamos com ele, que para interceder a Deus por ela pediu que déssemos as mãos estendidas em cruz como sacrifício em oração, e assim ficamos muitos minutos rezando. Aquilo me causou muita dor nos braços além de estranheza, pois não testificava em meu coração, mas atendi o meu pai e fiz como nos pediu.
Mas orando da forma como havia sido ensinado é que Ele começou a falar comigo. Uns dois anos depois enquanto orava eu ouvi a sua voz falar comigo de maneira forte, como uma pessoa fala com a outra.
— Eu quero que você cuide da minha casa - Deus me disse.
Fiquei assustado ao ouvir a voz e principalmente com o pedido que me fez. Eu poderia atender seu pedido, mas no meu coração tinha o desejo de ter uma família, esposa e filhos e viver bem com eles, em harmonia e felicidade. Assim, o pedido me chocou, pois eu era católico e, nesta doutrina, eu entendia que deveria ser um padre, não poderia me casar e deveria sacrificar meus desejos pela igreja.
— Eu posso - disse àquela voz. Mas eu quero ter uma esposa e filhos.
Nosso pequeno diálogo terminou assim. Depois de muitos anos conheci a Telma e fui a uma igreja evangélica com ela. Eu era católico não praticante naquela época, estava bem morno, para não dizer outras coisas.
Ao entrar naquela igreja, com o culto já iniciado, levantou-se uma profeta de Deus e disse apontando para mim:
— Eis que entrou aqui o ungido do Senhor!
Telma brinca dizendo que eu perguntei a ela, o que é ungido? O fato é que eu ainda tinha um longo caminho a percorrer para cumprir o propósito de Deus na minha vida, que olhando para o desejo do meu coração me concedeu uma esposa maravilhosa, quatro filhos lindos e abençoados e, atualmente, cuido da sua casa (igreja) como Pastor.
Oro a Deus todos os dias por seu cuidado a cada um dos meus filhos e que possam glorificar a Deus com suas vidas, assim como seus filhos e os filhos dos seus filhos, até a milésima geração.
Este relato nos leva a entender que precisamos deixar de querer cumprir as promessas de Deus pelo nosso próprio esforço e sacrifício, deixando Ele nos conduzir pelo Seu caminho, que nos levará à vitória sem desgastes e machucados desnecessários.
Pai amado, sou grato por ouvir as nossas orações. Desejo colocar na tua presença todos os meus sentimentos e desejos, para que o Senhor possa agir por mim em todas as áreas da minha vida e produzir o teu fruto, que é doce e alegra o coração. Quero ouvir tua voz me orientando sobre como proceder. Ao ouvir farei a tua vontade. Ajuda-me. Amém!
Luis Antonio Luize
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