A Fé Começa em Casa – Conviva Com Eles
Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez. (Salmos 78:3-4)
Na sociedade moderna os pais entendem que dar ao seu filho tudo o que pedem é uma demonstração de amor. Talvez façam isto para compensar sua ausência em casa, ou sua falta de participação na vida de seus filhos.
Na dinâmica atual, pouco tempo após o filho nascer, a mãe necessita voltar a trabalhar. Assim, entrega seu filho aos cuidados de outra pessoa numa creche.
Quando o pegam na escolinha e chegam em casa, estão tão cansados que querem apenas um tempo um para o outro e, muitas vezes, nem para eles mesmos concedem uma parcela do tempo, mas somente a si mesmos. Consequentemente o filho fica sem os cuidados da mãe e do pai.
Neste contexto fica muito difícil criar uma amizade com os filhos, pois uma amizade com eles se baseia em ter os pais presentes, disponíveis e ouvintes.
Nós optamos pela Telma ficar em casa e dar atenção aos nossos filhos, mesmo que significasse um recurso menor para a família e a necessidade de eu trabalhar um pouco mais. Com isto, não podemos viver consumindo itens de marca, mas podemos desfrutar de uma família mais sólida, o que não significa não ter problemas, mas sim, ter uma melhor estrutura para passar por eles.
Ao fazer assim, resolvemos uma parte do problema, pois acontece de eu ter que viajar por muito tempo. Certa vez fiquei dois anos passando em casa somente o final de semana. Saía na segunda-feira cedo para outra cidade e voltava na sexta-feira a tarde.
Nesta situação o convívio fica bem dificultado. Mas Deus concedeu sabedoria à minha esposa, que enquanto eu viajava contava histórias aos nossos filhos em que eu era um dos personagens. Esta era uma forma que ela usava para que eu estivesse presente emocionalmente. Quando estava em casa procurava ter um tempo de qualidade com eles para suprir suas necessidades emocionais.
Isto me lembra o caso de um pai que saía muito cedo, antes do seu filho acordar, e chegava muito tarde após seu filho ir dormir. Então ele tive a ideia de escrever bilhetes ao seu filho e deixar na sua cabeceira.
Estes bilhetes sempre tinham uma palavra de amor e afirmação ao seu filho. Conclusão, este filho cresceu sem ver muito seu pai, mas nunca teve problemas com isto, na verdade sempre sentiu seu pai presente, mesmo que fisicamente não estivesse ali.
O papel do pai presente será fundamental na vida adulta dos filhos, pois este é transferido para a figura de Deus. Se temos um pai presente, confiável, que cumpre suas promessas e que é amigo, entenderemos Deus como sendo assim também.
Conviver com os filhos e estar presente é um desafio aos pais, mas quando há o desejo de expressar o amor que está em nossos corações, o Espírito Santo irá nos ajudar a manter a família unida, coesa num mesmo propósito.
Está na mão do pai fazer com que seus filhos confiem em Deus e tenham amizade com Ele.
Talvez seja por isto que o mundo anda tão descrente de Deus, pela falta de pais que exerçam seu chamado junto à família com dignidade, olhando as necessidades de sua esposa e filhos primeiramente e depois as suas próprias.
Devemos nos lembrar das palavras de Jesus: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo!”
Senhor Jesus, que eu possa ser sábio em usar o meu tempo de maneira a que meu lar seja edificado em Cristo. Que eu possa ser um pai/mãe em que meus filhos possam se espelhar e ser meio pelo qual possam vir a te conhecer. Amém!
Luis Antonio Luize
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