A importância de um bom começo
Numa das edições da Revista Ultimato, o tema principal era: CASAMENTO. Entre bons artigos um me chamou atenção, pois, trazia várias estatísticas sobre o crescimento das separações e divórcios no mundo. A bem da verdade, também temos visto isto no próprio meio cristão evangélico, além de um número crescente das assim chamadas uniões informais.
De fato, parece ser bem mais fácil e cômodo desfazer, romper, quebrar, do que tentar consertar, refazer, recomeçar. E mesmo a informalidade parece mais segura, prática e com certeza mais econômica do que uma união convencional, mas, não é este o melhor caminho.
Ao olhar para o livro do Gênesis encontramos a maravilhosa e oportuna constatação de Deus: “Não é bom que o homem esteja só” e ao mesmo tempo, encontramos a solução divina: “farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Graças a Deus por isso!
“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. Neste verso encontramos três verbos fundamentais para que possamos entender o casamento e a vida a dois e construir uma relação saudável e estável.
1o verbo – “deixar” – isto implica em ruptura, desligamento, separação. É necessário abrir mão, estabelecer INDEPENDÊNCIA, no caso específico dos pais ou de quem nos mantém até aqui. Matrimonio requer sacrifícios e um deles é deixar o conforto, a segurança e proteção da família maior para iniciar a nova. É necessário cortar os cordões umbilicais, e isto é ato recíproco, dos filhos para com os pais e, dos pais para com os filhos.
2o verbo: “unir” – é muito mais do que estar junto a, ou ao lado de. Unir implica em colar, grudar, ou melhor, ainda, soldar. Como duas peças diferentes, com histórias e trajetórias diferentes, mas com um mesmo objetivo, o de se complementarem. A idéia é de se formar um vínculo permanente, indissolúvel, algo que não se abala, não se solta com facilidade, que pode suportar cargas, crises e lutas. E neste sentido o COMPROMISSO é tanto pessoal, de coração, de mente, de espírito; mas também é formal, pois envolve muitas outras coisas e pessoas também.
3o verbo - “tornar” – o que se tem em vista é a UNIDADE e a INTIMIDADE, mais do que só unir diferentes, é fundir em uma só carne. É buscar o comum, o nosso, e não mais o meu. Para isto é necessário dar-se ao outro, entregar-se e neste sentido, só o verdadeiro amor é capaz de conseguir isto.
Por fim, teremos a TRANSPARÊNCIA “O homem e a sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha”.
Celso Misfeldt
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