Os itens da armadura para mim são pouco explorados ou pouco explicados, motivo pelo qual vejo tantas pessoas dentro da igreja mas que não fazem ideia do que se trata. Também presenciei cenas de dar pena, com pessoas orando fervorosamente para “colocar” a armadura mas sem a menor noção do que se trata. Digo “dar pena” não no sentido pejorativo, mas literalmente me penaliza ver que estas pessoas são bem intencionadas e poderiam ir além no Reino de Deus, na prática do evangelho vivido cotidianamente – não me alegro na insegurança ou ignorância, meu coração de mestre grita por compartilhar.
Aqui gostaria de tomar um tempo para meditar sobre o capacete, item tão precioso e importante.
Primeiro, é necessário entender que o capacete serve para proteger a cabeça. Não é penico, não é para as costas, não protege as mãos – cabeça. Nossa cabeça é o símbolo do nosso pensamento, capacidade de tomar decisões, das memórias, lembranças, esperanças, escalas de valores e até mesmo de moralidade. Se tudo isso fica realmente na cabeça eu não sei, mas o cérebro está ali e precisa ser protegido. Nunca fui militar nem policial, mas penso que o tiro mais mortal seja na cabeça. A pancada mais fatal deve ser na cabeça. Certamente a dor mais terrível não é a da cabeça, mas dói e pode incapacitar. Resumo: a cabeça precisa e merece proteção.
Agora note a conexão que deveria ser evidente: o capacete é a salvação, dada pelo poder de Deus para todo aquele que crer. O evangelho portanto é como que o fornecedor, o entregador, o dispensador do capacete. É o evangelho que salva, pois ele é o poder de Deus para salvação. Sem o evangelho, portanto, não havendo salvação, nossa mente (cabeça) está a perigo, desprotegida, desarmada, vulnerável.
Siga esta linha de raciocínio tão simples e me responda duas perguntas bem simples:
ao olhar ao redor não parece que as pessoas estão cada vez mais confusas?
não temos pessoas aos montes dentro da igreja com a mente abalada?
Independentemente desta reflexão paralela, temos de considerar com seriedade proteger melhor nossa mente. Isso se faz colocando o capacete da salvação, dado pelo evangelho. Eu fiz uma listinha básica do que protege minha mente e quero compartilhar:
TV: escolher o que assistir, tanto em quantidade como em qualidade. Se eu assistir notícias o dia todo vou ter um surto de depressão agudo, pois tudo está complicado.
Internet: eu uso como ferramenta de trabalho, mas vejo gente que passa o dia simplesmente… olhando…
Redes Sociais: não sou adepto mas meus filhos sim. Chegam parecer ET se ficam dois dias sem olhar o Face.
Rodas: o Salmo 1 existe na minha Bíblia, e na sua? Olha onde se assenta, meu irmão.
Música: se eu escutar o dia inteiro algumas coisas que escuto na rua e na vizinhança vou dormir em praça loguinho…
Livros: pasmem, ainda existem livros de papel! Incrível, tem gente que não conhece isso. Minha filha devora uns 4 por mês, mas considero bom investimento (geralmente).
Vou resumir para não ocupar o resto da tela: eu escolho o que olho, o que escuto, o que leio e com quem/sobre o que converso.
Viver o evangelho é adotar um estilo de absorção de ideias – vistas e ouvidas.
Mário Fernandez