Independentemente de nosso estilo, gosto, preferência ou maneira de agir. Indepentendemente daquilo que pensamos e que, por conseguinte, nos leva a agir. Mesmo independentemente de nosso posicionamento teológico. Temos de ser coerentes com aquilo que cremos e com a fé que professamos. Viver o evangelho é ser coerente, pois o evangelho não é uma ação ou conjunto de regras, é um estilo de vida a ser vivido.
Se no nosso código de entendimento (alguns chamam de ‘doutrina’, outros de ‘fé e ordem’) temos de ter clareza sobre aquilo que cremos e devemos manter nossa caminhada alinhada com esse código. Se, por exemplo, congregamos em uma igreja mais pentecostal, com manifestações mais acaloradas e ‘barulhentas’ isso deve nos satisfazer diante de Deus e deve nos manter nutridos espiritualmente. Se por, outro lado, a situação for de um comportamento mais comedido e formal, com menos manifestações externas/visíveis, desde que isso alimente e mantenha na linha – tudo certo, nada errado.
O que realmente é problemático, e talvez isso ajude a entender o momento em que vivemos, é atacarmos o que não conhecemos, ou ficar ‘babando’ com algumas coisas que acontecem no prédio ao lado mas não tendo coragem de embarcar junto – e o pior de tudo, se somos daqueles que mudam de discurso dependendo de com quem estamos conversando.
O evangelho não é a igreja, nem a denominação, nem o pastor, nem o estilo, nem a teologia, nem a religião. O evangelho é o PODER DE DEUS, e Deus não cabe em nada disso nem junto nem separado. Eu procuro viver de modo coerente com o que creio, independentemente de ser isso o ‘estilo A’ ou o ‘estilo B’. Praticar aquilo que cremos, do modo que cremos, pelos motivos que cremos (ou pelo menos professamos crer) é uma obrigação nossa como servos de Deus. Viver o evangelho é viver de modo coerente. Veja que o versículo escolhido fala em conciliar o espírito com o entendimento. Seja isso 50-50 ou não, é imprescindível que seja coerente, equilibrado ao nosso paladar, mas principalmente – levado a sério e não com leviandade.
Pode até parecer que isso não dá resultado, mas me permita discordar. Recentemente ouvi um testemunho comovente de uma pessoa que entregou seu coração à Cristo e referiu-se a uma pessoa que “não desistiu de mim, sempre andou certinho e nunca falou besteira”. Creia-me, o testemunho da coerência impressiona e faz bem para todos.
Deus nos abençoe.
Mário Fernandez