Como Deus nos vê.
Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Mc. 1.9
Constrange a maneira como os evangelistas identificam Maria Madalena. Ela recebe um codinome horrível: “de quem havia expulsado sete demônios”. Parece que este rótulo acompanhou-a todos os dias da sua vida. Com igual sorte, há um Simão sempre conhecido por leproso. Assim é a natureza humana. Gostamos de jogar estereótipos sobre as pessoas e mesmo que não as chamemos pelos apelidos, num inconsciente guardamos os pecados passados, os defeitos e as manchas que já fizeram. Nunca permitimos que o passado fosse apagado.
Jesus não olhava para Maria Madalena da mesma maneira. Ele agora a via como uma nova criação de Deus. Tanto que a elegeu como testemunha da ressurreição e com a portadora das boas novas aos Apóstolos. Ainda bem que Deus não se relaciona conosco com alcunhas pejorativas. Se assim fosse eu seria conhecido como Ricardo, o instável. Você talvez tivesse o apelido de José, o lascivo ou Murilo, o iracundo, quem sabe Fernanda a mentirosa.
O perdão de Deus é muito mais vasto do que podemos imaginar. Mesmo tendo um passado tenebroso e feio podemos ser apenas filhos amados e queridos de Deus. O passado não nos acusa e Deus não lança em rosto. Somos verdadeiramente livres em Deus para o futuro lindo.
Ricardo Gondim
(Extraído do livro: a presença imperceptível de Deus)
Por Samuel Scheffler
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