Reflexão

Construindo um templo ao Senhor



Em meu tempo devocional tenho estudado o livro de I Crônicas. Devo reconhecer que não é uma leitura tão agradável ou cheia de ação e aventuras como à de outros livros do Velho Testamento, mas entre uma genealogia e outra, aparecem algumas pérolas preciosas e de um valor inestimável.
Os últimos capítulos deste livro tratam da sucessão do Rei Davi pelo seu filho Salomão e sobre os preparativos para a construção do Grande Templo em Jerusalém. Davi diz assim: “O trabalho a ser feito é enorme porque não se trata da construção de um palácio onde vão morar pessoas, mas de um templo para Deus, o SENHOR”. (I Cr 29.1)
Fico pensando na Reforma de nosso Templo, no desafio de levar esta obra adiante, em conseguir mobilizar mais pessoas neste projeto, na dificuldade em conseguir reunir recursos financeiros para as próximas etapas.
Em seu reinado, Davi havia ajuntado muito ouro, muita prata e uma quantidade enorme de outros materiais para esta construção. “Mas, além de todos os preparativos que fiz para o Templo, dei também prata e ouro que me pertencem, pois amo o Templo do meu Deus”. (v.3).
Para Davi não bastava dar qualquer coisa a Deus, tinha que ser o melhor. E baseado em seu exemplo vem um desafio que é extremamente comprometedor: “Agora, quem está disposto a dar ofertas ao SENHOR Deus por vontade própria?”. (v.5)
A resposta foi pronta e imediata e numa quantidade tal que nem a “lei Rouanet” conseguiria reunir. “O povo deu de boa vontade ofertas a Deus, o SENHOR, e eles ficaram alegres porque havia sido dado tanto. O rei Davi também ficou muito feliz”. (v.9)
De fato, ofertar ao SENHOR, à causa do Seu Reino, às obras e necessidades na Sua Igreja, enchem o nosso coração de alegria e regozijo, pois o fazemos em reconhecimento e gratidão a Deus que nos tem dado tanto. Tanto mesmo!
Nos versos 10 a 20 encontramos algumas razões que levaram o povo de Israel a ofertarem voluntariamente e liberalmente ao SENHOR:
“...Tudo o que existe no céu e na terra pertence a ti; tu és o Rei, o supremo governador de tudo. Toda a riqueza e a prosperidade vêm de ti; tu governas todas as coisas com o teu poder e a tua força e podes tornar grande e forte qualquer pessoa. Agora, nosso Deus, nós te agradecemos e louvamos o teu nome glorioso. No entanto, o meu povo e eu não podemos, de fato, te dar nada, pois tudo vem de ti, e nós somente devolvemos o que já era teu”.

“O SENHOR, Deus dos nossos antepassados Abraão, Isaque e Jacó, conserva para sempre no coração do teu povo esta disposição e este pensamento e guarda-o fiel a ti”.

Celso Misfeldt

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