A festa da Páscoa é uma celebração essencialmente judaica, estabelecida no Êxodo, ainda no Egito, quando Deus fez o anjo da morte passar pela país tirando a vida dos primogênitos. A história está em Êxodo 12. As regras eram simples: cordeiro perfeito, comer em pé e vestido para viagem, comer assado, não deixar restos ou queimar o que sobrar, marcar as portas com sangue, sacrifício ao pôr-do-sol, ervas amargas, etc
Jesus de Nazaré ofereceu-se como cordeiro pascal na Páscoa, celebrou o que ficou conhecido como santa ceia ou última ceia numa Páscoa, deu-se como cordeiro perfeito, não deixou restos para trás, derramou sangue para nos marcar e como não era pôr-do-sol, Deus providenciou um eclipse.
A cruz foi o caminho da morte para se converter no caminho da vida. Foi a maldição que se converteu em bênção. Foi o fim que se converteu em princípio. Na cruz Jesus conquistou o direito de viver se dando para morrer em meu e no seu lugar.
A mensagem central da Páscoa é de vida salva num rio de morte, como foi no Egito. Do mesmo modo que os filhos de Israel foram poupados em Êxodo 12 fomos poupados em Mateus 27. Uma vez mais a morte varrerá a Terra e seremos poupados pois somos marcados pelo sangue do Cordeiro Perfeito que leva sobre si todo pecado da humanidade, basta tomarmos posse disso pela fé. Talvez pudesse ser diferente, mas Deus quis assim.
A cruz é para mim, como servo do Todo-Poderoso, muito mais do que dois pedaços de pau pregados um no outro – é uma seta, um flecha, um sinal de trânsito: indica o caminho da vida eterna, da vida abundante, do caminho sem volta da eternidade.
Se a Presença de Deus não for meu maior valor, não vai adiantar comprar chocolate, coelho, cruz, encenação teatral, musical de coral. Não sou contra nada disso, apenas não vejo valor real em nada que não seja o sobrenatural perfume do Altíssimo invadindo o lugar onde estou. Mas, ao mesmo tempo, é impossível esperar que Deus se manifeste onde e com quem não será honrado e é pela cruz que passamos para aprender a verdadeira honraria e adoração. Sem crucificar nosso ego, nossa carne pecaminosa, nossa essência de erros e falhas, nunca funciona. O discurso pode ser bonito e as palavras emocionantes, mas não será mais do que natural. O sobrenatural vem da cruz.
Mais do que um episódio ao ano, seja a Páscoa o memorial da cruz e de que tudo que ela poderia representar se nosso irmão mais velho, primogênito de Deus, ascendido em glória e majestade, atual e eterno Rei dos reis e Senhor dos senhores, não tivesse ressuscitado depois de passar pela cruz.
Sejamos gratos pela cruz e nos lembremos dela como marco de algo eterno e imutável – vida eterna com o Pai.
Senhor, agradeço por que vai além de minha compreensão tudo que aconteceu na cruz, mas o que posso compreender me é suficiente. Eu Te devo minha vida e isso foi resolvido na cruz. Aleluia.
Mário Fernandez
ICHTUS
Edificando o Povo de Deus pela Internet