Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados (Isaías 53:5)
Tem sido um tema polêmico na minha geração esse assunto de cura, pois temos exageros para ambos os extremos. De um lado uma turma que não crê mais que Deus cura, só enxerga racionalidade e medicina, e desconsidera os milagres. Do outro lado, uma turma que vê demônio em tudo, não toma remédio, não crê na medicina nem como instrumento de Deus.
A mim parece que ambos estam equivocados, mas meu foco aqui é simples e direto: existe uma menção de sermos curados pela morte do Messias prometido em Isaías 53, que na uninamidade dos estudiosos cristãos é Jesus de Nazaré. Então, se é assim, o que é razoável entendermos sobre este assunto?
Sendo muito franco, as respostas podem variar e podemos ter alguns aspectos divergentes no entendimento, mas não podemos negar que Deus cura. Cura quando quer curar, quando decide curar, quando permite a cura – mas cura. A mim o mais importante é o reconhecimento de que Deus é soberano: Ele cura o que quiser, seja grande ou pequeno, simples ou complexo, tratável pela medicina ou não.
E o que tem isso com a cruz?
O texto escolhido é um versículo de Isaías 53, a promessa messiânica mais conhecida, rica, maravilhosa, profunda, abrangente, clara. Ela se concretizou na cruz, se cumpriu na crucificação, se tornou realidade com a entrega de Jesus. Isso torna a cruz um símbolo de cumprimento de promessa, de materialização de conceito, de algo totalmente fora do nosso alcance: a nossa cura.
Se me permitem, minha opinião é que temos na pessoa de Jesus Cristo a cura para tudo que o Pai decidir curar. Na minha casa conhecemos a enfermidade muito de perto, mas conhecemos o poder da cura do Senhor ainda mais de perto. Sou testemunha viva e ambulante de que Deus cura, sim. MAS, no meu coração, na minha mente, no meu espírito, em tudo que sou, eu sei e creio que se não fosse pela morte expiatória de Jesus na cruz eu não teria acesso ao Todo Poderoso para ser curado e minha história seria outra – isso se eu ainda tivesse uma.
Para alguns Isaías 53 promete cura para “todas” as doenças. Para outros, é apenas uma referência histórica. A outros ainda é algo que pode ser resgatado ou não, “tomando posse”. Para outros é indiferente. Para mim é um conceito ainda mais simples e claro do que esse nó apertado: o sofrimento de Jesus me permite ser curado de todos os tipos de enfermidades, do corpo e da alma, sempre que o Pai decidir que convém. O momento é Dele, o meio de cura é Dele, o prazo da cura é Dele. Em resumo, O que o Pai quiser curar ele cura. Temos direito a isso pela morte de Jesus na cruz. É tão promessa quando a promessa de que Jesus viria, da qual temos provas históricas do cumprimento.
Uma analogia pra ajudar: o alvo é a cura, a flecha é Jesus, o arco é a cruz, a corda é o Pai… e os dedos do arqueiro são a minha fé.
Senhor, obrigado por me oferecer pela cruz o cumprimento da Tua promessa que inclui cura. Eu creio que posso ser curado no corpo, na alma e no espírito. Eu te agradeço.
Mário Fernandez