“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:12)
Procuro sempre compartilhar a minha fé, em meio ao desempenho de minhas tarefas cotidianas. Esta semana entreguei 8 Biblias e levei um rapaz para comer uma pizza, a bem de compartilhar da minha fé. Em meio às muitas dúvidas e resistências que as pessoas com relação ao Evangelho, uma sempre me chamou a atenção: por que todas as religiões estão certas? Por que não podemos ter mais de uma fé em ação ao mesmo tempo? Por que para um estar certo, outro tem de estar equivocado?
Eu mesmo vivi essa dúvida na juventude, não censuro as pessoas que querem entender Deus e Seus Princípios. Mas, felizmente ou infelizmente, as coisas são como são independentemente de crermos nelas. Sempre me refiro ao exemplo mais gritante que aprendi na minha vida: se eu decidir não crer mais na lei da gravidade vou parar de cair? Se eu renegar o poder da gravidade posso voar? Certamente que não é tão simples.
A vida espiritual é relativamente simples, como simples é o evangelho (boas novas) em Cristo Jesus. Nele há salvação, e somente Nele. Por que? Porque Ele fez o que ninguém mais fez, morrendo sem merecer, no lugar dos que merecem, voltou da morte para nos confirmar a promessa e vai voltar para nos buscar. Costumo responder que a exclusividade “religiosa” vem da exclusividade da cruz. Tem algum outro que fez isso?
Precisamos entender que nossa verdade sempre pode estar equivocada pela nossa percepção falha, pois somos humanos. Podemos ter entendido errado. Podemos não estar no caminho certo. Para isso pensamos, estudamos, meditamos e fazemos provas (no sentidos de testes e validações). Jesus passa em qualquer verificação que façamos, por causa da cruz. Por isso, o versículo desta meditação merece credibilidade e atenção – só há um que salva e é Ele. Jesus é sinônimo de salvação.
Aos 2015 da nossa era, tenho ouvido notícias de igrejas, congregações, comunidades, grupos de todo o tipo, que professam um Jesus meio estranho, meio parcial, meio pela metade. Tenho ouvido de pastores cujas práticas são abertamente contrárias ao que leio nas Escrituras, liderando um povo que mais parece um gueto pois só pode fazer parte quem é isso ou aquilo. Ouvi no rádio sobre pastores traficantes de drogas ungindo as armas de seus fiéis e orando para eles não serem presos. Ouvi de combates facciosos entre denominações que depredaram o patrimônio de seus rivais. Tenho ouvido sobre um crescimento numério expressivo em grupos cuja verdade não liberta e não aponta para a cruz. Recebo notícias de pessoas que se declaram “crentes” com cargos em suas igrejas locais mas têm amantes, sonegam seus impostos e não pagam seus fornecedores. Ouço de gente preconceituosa e que maltrata os desfavorecidos. A estes meu recado pacifista é simples e direto: entendam-se com Deus, mas eu não quero ser um de vocês. Não vim condená-los, apenas não quero fazer parte disso.
A todos os demais, que se esforçam para fazer o que Bíblia ensina, para orar e meditar na Palavra de Deus, para corrigir suas falhas e melhorar seu caráter, aos que prezam pela paz, aos que acolhem para sarar ao invés de condenar, aos que perdem no imediato para ganhar na eternidade, aos que reconhecem suas limitações e como eu choram por perdão – meu recado igualmente simples e pacifista: não desistamos, Deus tem algo para nós. Isso é cruz, isso é um recado que (me perdoem ser tão direto) incompatibiliza as coisas.
“Senhor, eu só quero viver segundo Teus princípios. Só o que quero é Te agradar e sei, entendo, reconheço e agradeço pelo que Jesus fez por mim. Não tem como aceitar outra divindade em minha vida.”
Mário Fernandez