Evangelismo
Começamos a abordar o tema do evangelismo nos cultos dominicais, e tenho pensado muito a respeito da maneira como nós encaramos o evangelismo em nossa vida cristã e comunitária.
É mais fácil encarar o evangelismo como “algo que temos que fazer”, uma tarefa a mais no currículo de atividades do seguidor de Cristo. Mas se olharmos para o estilo de vida dos primeiros seguidores de Jesus, fica claro que evangelismo era muito mais do que uma tarefa a ser colocada na lista de afazeres.
No capítulo 2 do livro de Atos, relato do nascimento da Igreja Cristã, temos a narração da história de Pentecostes – a vinda do Espírito Santo para consolar e sustentar a Igreja em sua tarefa missionária. No final deste capítulo está um descrição da vida diária dos cristãos daquele tempo em Jerusalém. O texto de Atos 2:42-47 diz:
“Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.”
Podemos concluir duas coisas a partir deste texto. Em primeiro lugar, todo o estilo de vida dos cristãos, suas prioridades, relacionamentos e posses, estavam orientados para a comunhão com Deus e, em Deus, uns com os outros. Este é um traço essencial da vida cristã.
Em segundo lugar, fica claro que quem trazia mais pessoas para o círculo da igreja era o Senhor. Isto era um resultado direto do estilo de vida dos cristãos, pois através disto ficava claro quais eram suas prioridades e seu caráter. Assim também precisa ser conosco: o evangelismo como parte do nosso DNA, e não apenas mais uma tarefa que temos que cumprir. Que Deus nos abençoe!
Marcell Steuernagel
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