Histórias da Vida
Muitas pessoas, mesmo em nosso meio, vivem em um mundo irreal, um mundo de sonhos e de fantasias. Esses criam expectativas falsas sobre a vida, sobre si mesmas e sobre o próximo. Depositam sua confiança em sonhos, criam expectativas irreais e até mesmo, irracionais, constroem suas vidas e futuros sobre fantasias, enquanto isto a vida passa.
É impressionante como coisas tão pequenas como uma simples palavra, um gesto, um olhar, um telefonema, uma carta ou e-mail ocasional, possa gerar um turbilhão no coração de alguém. Do aparentemente nada surgem sonhos e esperanças, como da frustração destes, uma profunda dor e decepção. Decepção esta que pode levar a própria destruição.
Vivem ora no passado, ora no futuro, mas não o presente, permitindo assim, que momentos preciosos escapem por entre seus dedos. Deixam de viver o real, o verdadeiro e assim se vem privados de desenvolver relacionamentos saudáveis e significativos com outras pessoas e com Deus.
O Dr. David Seamands, em um de seus muitos bons livros, compartilha de uma história de algo assim. Diz a mesma, ter ocorrido entre os alunos internos de um curso de Medicina:
“Certa semana, alguns alunos estavam fazendo uma ronda com um dos professores, através do Pavilhão de Psiquiatria. Antes que entrassem em determinado quarto, o professor explicou a seus pupilos:
- Este paciente é um clássico caso de depressão existencial ou circunstancial. Não há causas químicas, nenhuma alteração a nível cerebral. É um rapaz que estava noivo de uma moça muito bonita. Três semanas antes deles se casarem, ela se apaixonou por outro e rapidamente se casou. Ele não suportou. Entrou em uma grande depressão e acabou vindo para cá. Tem apresentado um quadro de melhora e deverá em breve estar recuperado.
Os estudantes observaram o paciente, e fizeram algumas observações.
Continuando a ronda, o professor novamente os instruiu, antes que entrassem em outro quarto.
- Este outro paciente é também exemplo de uma depressão ocasionada por stress e por decepção. Seu quadro é realmente profundo. Ele está tão deprimido que não consegue nem se levantar.
Um dos internos, então, perguntou:
- O que aconteceu a ele? Também perdeu a noiva as portas do casamento?
- Ah, não! Respondeu o médico.
- Ele é o rapaz que se casou com a noiva do outro!!!”
Adaptado por Celso Misfeldt
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