Igreja missional inclusiva
Nós seres humanos somos seletivos por natureza. Por um lado não existe nenhum problema com isso, pois precisamos selecionar o que é bom e o que não é bom. Mas por outro, temos sérios problemas com isso, pois o resultado desta postura seletiva em nosso contexto relacional e social é acabar gerando o racismo, o preconceito e a exclusão de pessoas. Assim, o Evangelho vem para redimir a nossa postura seletiva que faz acepção de pessoas para que vejamos cada ser humano sob a ótica de Jesus.
Ser uma igreja missionária é ter uma profunda consciência de que Deus nos chamou para sermos inclusivos. Através de Jesus Cristo, Deus está reunindo um povo que viva para a Sua glória, e tenha alegria e prazer de fazer parte de sua família. Quem chama Deus de Pai não pode fazer escolhas de irmãos/ãs. Como a nossa tendência é ser seletivos, precisamos que Deus trabalhe profundamente em nossos corações, quebrando qualquer barreira que impede de incluirmos pessoas ao Evangelho. Em Atos 10 Deus precisou quebrar o coração de Pedro, que era etnocentrico, racista, legalista, auto-confiante, separatista, através da visão de animais impuros, para se tornar um coração sensível ao sopro do Espírito Santo diante de novos desafios que Deus coloca à igreja. Para que Cornélio fosse alcançado pelo Evangelho, Pedro precisou se converter à missão de Deus.
Para sermos uma igreja missional inclusiva, precisaremos ter clareza para onde Deus está nos enviando e estar abertos às pessoas que chegam em nossas fileiras, independente como elas chegam, pois o Evangelho tem poder para transformar qualquer pessoa. Essa atitute missional exigirá de nós riscos, precisaremos quebrar barreiras, ir além do convencional e seguro. Precisamos aprender a ir ao encontro não somente daqueles que temos simpatia, pois incluir é muito mais que uma boa acolhida nas portas do templo, ou um aperto de mão na hora do culto, mas compreender que o Evangelho pode fazer uma tremenda diferença na vida das pessoas e ajudá-las a buscar a Deus de todo o seu coração. Se formos apenas inclusivos sem crer no poder do Evangelho, vamos ser um igreja legal, bacana e diferente. Mas o propósito de incluir pessoas em nosso meio é ajudá-las a se tornarem cidadãos do Reino de Deus.
Reflita! A quem é que temos impedido o evangelho? Com quem é que temos convívio mas não estamos anunciando o evangelho? Quem são as pessoas para quem precisamos perguntar e ouvir sobre o que é que estão percebendo de Deus através da nossa vida e então, compartilhar com elas o evangelho?
Uma abençoada Semana!
P. Marcos Antonio da Silva
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