O texto em questão fala de maturidade e prossegue, nos versos 18 em diante, falando sobre os inimigos da cruz e seu comportamento condenável. Quero tomá-lo para meditar sobre moralidade, pois não há como separar tal aspecto do comportamento que ele gera.
Vivemos dias complicados em nosso país. O ano 2015 terminou, assim como 2016 prosseguiu, com o Brasil tumultuado, cenário de crise econômica, muito desemprego, preços subindo, oportunidades sumindo, mas principalmente um pano de fundo político dos mais tumultuados que nossa nação já presenciou. Independentemente de nossa simpatia ou antipatia pelos dirigentes da nossa nação, seus partidos suas ideologias, seus erros e acertos – o cenário é de tumulto. O motivo? Revolta, corrupção, questionamentos éticos, gestão pública suspeita. Independentemente do que seja verdade ou não, a questão é de moralidade.
Aqueles que nasceram de novo e vivem o evangelho devem demonstrar tal condição com sua moralidade. Não há como plantar um melão e colher um abacaxi. O que está na essência no homem carnal é carnal. O que está na essência do homem espiritual é espiritual, é sobrenatural, é de Deus. Portanto meu irmão, goste você de ouvir isso ou não, nossa conduta precisa melhorar e muito. Podemos concordar ou não sobre opiniões políticas, mas temos quee entender que a esperança do povo deveria estar em Deus e se não está, não há outro culpado senão a igreja.
Em todas as suas expressões, o povo de Deus reunido como igreja local deve ser exemplo de moralidade, de ensino de retidão, de correção, de ética, de conduta acima da suspeita e principalmente, de uma vida que inspira. Tem que valer a pena copiar esse povo. Tem que causar admiração. Tem que inspirar. Tem que, no mínimo do mínimo, gerar respeito.
Eu não vou comentar nem opinar sobre protestos públicos ou por midia eletrônica, mas quero fazer um comentário forte: qualquer um pode ir para rua manifestar sua opinião, mas só os cidadãos do Reino de Deus podem chamar a atenção do Rei com suas orações. Centenas de milhares de pessoas podem se aglomerar nas ruas das nossas cidades, mas só nós herdeiros de Deus podemos fazer com que Ele compareça e se faça presente reunindo dois ou mais. Um povo unido pode mudar um governo, derrubar um partido, mudar uma liderança por forte que seja. Mas nós, povo escolhido e sacerdócio real, podemos mudar o destino do mundo.
O que nos falta? Atitude, com certeza. Atitude de moralidade, de retidão, de ética, chamar a atenção para o que fazemos sem chamar a atenção para nós. Mostrar um Cristo ressurreto vivendo na Terra caminhando com meus pés, viajando com meu carro, comprando com meu cartão bancário, pregando com minha boca, curando com minhas mãos, abençoando através de mim.
Paulo teria dificuldade para escrever esta carta nos dias atuais, pois seria bem difícil apontar e dizer observem os que vivem de acordo com o padrão. Que tal começarmos, eu e você, a semear uma nova realidade? Talvez não consigamos mudar o mundo, mas vai ter um bando de gente a menos para ser criticada por aí. E mais: os que forem sendo salvos se farão um conosco. Está deixado o convite.
Mário Fernandez