Novidade de Vida – Ações de Graças
Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças (Efésios 5:4)
Nesta meditação quero me ater ao positivo do que o apóstolo Paulo nos incentiva neste versículo – as ações de graças. Nem preciso explicar o que sejam obscenidades e conversas tolas, pois quero me ater ao positivo. Se nos dedicarmos fiel e firmemente às ações de graças, não sobrará tempo nem vigor para os inconvenientes.
Se as ações são de graças, a primeira coisa que precisamos é gratidão. Ser grato é reconhecer e externar de alguma forma este reconhecimento, por algo que foi feito. Não se agradece por algo que sabemos que não existe, nem por algo que não damos valor. O sentimento de gratidão portanto é algo que precisa vir de dentro pra fora e mais ainda, precisa ser alimentado. Alimentamos nosso senso de gratidão observando as obras de Deus ao nosso redor, como também ouvindo testemunho que quem foi abençoado e, principalmente, lendo na Palavra de Deus as maravilhas que Ele fez. Alimentamos nossa gratidão mantendo na memória aquilo que nos dá esperança, nutrindo confianças nas Promessas do Pai. Nossa gratidão não vai crescer espontaneamente, nem assistindo televisão ou ficando pendurado na internet e coisas do gênero – coisas que apesar de até poderem abençoar, não creio que levem à gratidão.
Depois, não menos importante, vem a humildade. Quem se acha bom demais não reconhece o que “outros” fazem. Isso é trágico, por que vem daí a incapacidade de reconhecer que é Deus Todo Poderoso quem nos dá vida, ar para respirar, nos dá tudo o que precisamos e ainda mais. Quem não sente gratidão deve examinar seu coração de maneira sincera, pois existe uma chance real de ter uma raiz de orgulho que o está impedindo de reconhecer o quanto Deus é maravilhoso em todas as Suas obras. Uma pessoa humilde pode ter uma autoestima considerável e ainda assim reconhecer que não poderia ter criado os céus e a Terra. Ser humilde não é, nem nunca foi, sinônimo de anulação ou depressão. O mesmo Senhor Jesus de Nazaré disse “sou manso e humilde” e disse “toda autoridade Me foi dada no céu e na Terra”. É preciso equilíbrio.
Finalmente, para não deixar passar em branco, há o bom senso. Uma comparação simples entre duas coisas permite uma percepção simples das diferenças entre elas; já uma comparação bem detalhada permite uma percepção bem detalhada. Com que comparamos as obras de Deus? Com que comparamos seus feitos? Sinceramente, devemos nos examinar melhor. Tenho conversado com algumas pessoas incrédulas e percebido que instintivamente, ainda que não de forma explícita, comparam as obras de Deus com as obras dos homens e muitas vezes com as suas próprias. É como dizer “eu faria melhor do que Deus”. Voltamos ao ponto da humildade, sim, mas perdemos o bom senso. Uma coisa é dizer “Deus não é como homem para mentir” e outra coisa é dizer “Deus não liga para mim”. Na primeira a comparação é para identificar, na segunda é apenas uma afirmação que pode ser entendida como uma afronta, pois Deus disse que nos ama. É preciso ser razoável e ter bom senso, isso não é pecado. Se assim procedermos, seremos mais gratos a Deus, pois a constatação da razão é de que nada se compara a Ele e seus feitos.
Sejamos agradecidos, em vez de gastar nosso tempo com tolices.
“Senhor, me perdoa por não perceber ou não reconhecer Tua boa mão sobre nossas vidas. Eu quero melhorar nisso, preciso da Tua ajuda. Ensina-me a ser agradecido em vez de tagarelar sobre o que não edifica. Preciso de Ti.”
Mário Fernandez
Uma Parceria Diária com Deus
Edificando o Povo de Deus pela Internet
Veja mais Reflexão