Reflexão

Por uma sociedade mais justa!



Em Junho, a sociedade brasileira foi surpreendida pelas manifestações espalhadas pelo país em busca de mudanças profundas na área da corrupção, saúde, educação, segurança, ética na política, melhoria no transporte público.... E elas causaram um grande impacto no meio político e gerou promessas de melhorias em diversas áreas do governo.

Com excessão de uma minoria que usou de violência para protestar ou bagunçar as manifestações, elas foram pacíficas e mobilizaram pessoas de várias idades e classes sociais. O que chamou a atenção, foi um movimento que agregou de maneira espontânea pessoas apartidárias. No passado, protestos no Brasil eram articulados por movimentos sociais. Hoje há uma base de governo aliada como nunca se viu na história do Brasil; são quase 80% dos parlamentares no Congresso Nacional. Os oposicionistas formam uma oposi- ção tímida que seguer fazem cócegas no governo. Mas o povo saturou- -se e não consegue mais conviver com o descaso e a impunidade das autoridades e, por isso, entendeu que não pode mais ficar acomodado. Foi à rua para mostrar a sua indignação e exigir que os governantes usem dos poderes que lhes foram atribuídos para o bem comum e não para o enriquecimento e benefícios próprios.

Como nos posicionamos como Igreja diante desse momento histórico em que o nosso país vive? Creio que precisamos saudar como algo bom manifestações pacíficas que defedem causas corretas e buscam o bem de todos. E não apenas saudar, mas também de uma forma direta somar nas ruas o nosso testemunho cristão. Jesus Cristo veio para nos trazer “vida em abundância” (Jo 10.10) e isso significa vida em sua plenitude, tanto a salvação eterna como a dignidade de cada pessoa em suas mais profundas necessidades. Fomos enviados pelo próprio Cristo para ser “sal e luz” (Mt 5.13-14) no mundo em que vivemos. Como cristãos, sabemos que uma sociedade só pode ser transformada radicalmente pelo poder e a influência do Evangelho. Este Evangelho tem o poder de mudar vidas que consequentemente mudam a realidade em que vivem. O nosso país precisa de pessoas transformadas pelo Evangelho. A mudança precisa ocorrer tanto na esfera externa quanto na vida de cada pessoa.

Aproveitemos esse tempo para orar mais pelo nosso país, pelos nossos governantes, para que a Igreja tenha uma voz profética na sociedade e ao mesmo tempo aponte para Jesus Cristo como o nosso único Senhor e Salvador. Martin Luther King disse certa vez: “ o que me preocupa não é o grito dos maus, mas, sim, o silêncio dos bons”.

Pr. Marcos Antonio da Silva
Coordenador ministerial

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