Quem faz o que gosta, nunca vai precisar trabalhar...
Ouvi esta frase ao participar, em meados de Agosto, do Encontro de Obreiros ligados ao Movimento Encontrão, em Rodeio 12/SC. Estando em um vale de natureza exuberante, ouvindo o correr firme das águas do rio que tinha o volume aumentado por ocasião das intensas chuvas, me deixei contagiar por esta afirmação. Teimava em trazer à memória cenas e situações em que vi a mim mesmo fazendo, muitas vezes, coisas que me causaram grande desconforto e desmotivação. Também logo me lembrei de pessoas, nestes anos de ministério, que se queixavam como que dizendo, seja em relação ao emprego ou a um serviço comunitário: “Eu não gosto do que faço”, ou “eu detesto o meu trabalho.” Quantas vezes somos infelizes nas tarefas que nos vemos constrangidos ou obrigados a assumir, ainda que nossa alma grite: Espera, não é isso que eu quero!
Os montes ao redor do lugar fumegavam com a neblina e as nuvens brancas, agora douradas pela força dos raios solares. Que bela cena! E a alegria tomou conta de meu coração, ao estar entendendo que o propósito de Deus é de que o sirvamos sim, mas com alegria, como diz o salmista(Sl 100.3). Assim como numa orquestra, a sinfonia e harmonia se evidenciam justamente pelo fato de tantos instrumentos manifestarem seus acordes, penso que uma Igreja saudável tem esta mesma relação: Deus nos concede, graciosamente, os mais diversos dons para que, em harmonia conduzida pelo maestro Jesus, expressemos uma melodia que redunda em louvores a Ele. Mas aí vem sempre aquela pergunta: Como é que eu descubro o meu dom?
Com certeza, o dom vem daquele que faz a obra, o Espírito Santo. Portanto, é preciso nascer de novo(João 3.8). Aliás, vida cristã só é realidade com este acontecimento.
Em segundo lugar, é preciso orar, estar freqüentemente na presença do Pai. Ele tem um propósito para a vida de cada pessoa. E Ele tem alegria em revelar estes desígnios para aqueles que o buscam.
Em terceiro lugar, Interessar-se por conhecer, observar a vida dos que servem a Deus, nos mais diversos ambientes e situações. Todavia, é importante lembrar que Deus não nos chama para ser cópia de alguém ou de algum ministério específico. A forma como Ele quer usar a cada um é única.
E, por fim, não menos importante, deixar o coração ser inundado pela maravilhosa disposição de dizer ao Senhor: “Eis-me aqui, usa-me, dispõe de mim, envia-me!”
Como está sua vida, sua vocação, seu ministério? Você está cansado? Pois lembre do convite de Jesus, que é dirigido aos cansados e sobrecarregados(Mt 11.28). Aproxime-se do mestre. E que você, em seu envolvimento na causa de Deus, possa estar fazendo o que faz, servindo naquilo que é chamado com alegria transbordante, sem haver cansaço ou desalento!
P. Oscar Elias Jans
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