Tudo posso naquele que me fortalece!
Certamente você já leu este meio versículo em algum pára-brisa de carro por aí. Recentemente eu estive no III Congresso Mundial de Evangelização na África do Sul. E naquele encontro tivemos vários testemunhos de pessoas de diferentes partes do mundo falando a respeito de como tem experimentado em suas vidas a verdade de que tudo podemos naquele (Jesus) que nos fortalece. Eu poderia aqui exemplificar com diferentes história, mas quero citar rapidamente três delas que me fizeram questionar sobre como temos entendido este meio versículo aqui no Brasil.
A primeira delas é de uma menina norte-coreana de 17 anos, que perdeu a mãe vítima de leucemia e o pai morto pelo governo pelo fato de ser cristão e estar distribuindo Bíblias. E com lágrima nos olhos agradecer a Deus o privilégio de poder servi-lo. Atualmente ela está se preparando para regressar a Coréia do Norte para evangelizar seu povo.
A segunda é de uma senhora que perdeu o marido médico há 3 meses no Afeganistão quando ele foi surpreendido por uma emboscada afegã após regressar de uma viagem missionária num lugar remoto e carente, e com lágrimas nos olhos ela em paz porque seu marido morreu servindo a Cristo.
A terceira é de um irmão africano ex-muçulmano, agora cristão, que pedia encarecidamente que nós ocidentais não retirássemos a perseguição da teologia cristã, porque o evangelho foi forjado e se expandiu por meio dela e subtrair este elemento é arrancar um pedaço do ensino bíblico.
Então resta-nos a pergunta: que evangelho estamos pregando e que evangelho estamos vivendo?
Num país onde ser evangélico é quase uma grife, onde vivemos tempo de bonança sem que nossa fé requeira de nós nenhum sacrifício! Onde ser cristão não envolve nenhuma perda significativa, seja ela financeira, emocional ou qualquer outra. O que o Apóstolo Paulo nos adverte na Carta aos Filipenses, não é tudo posso conquistar, mas tudo posso suportar através de Cristo! O que temos suportado por meio dele? Quais os sacrifícios que nos são requeridos? Ou então, não queremos aceitar as implicações de nossa fé. Vivemos num brisa aqui na América Latina, uma brisa do Espírito, será que temos aproveitado este tempo de facilidades e de não perseguição? Qual herança deixaremos para os nossos filhos? De um evangelho sem preço e sem compromisso? Ou de um evangelho que nos compromete até as últimas conseqüências?
Pr. Samuel Scheffler
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