“E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.” (Colossenses 2:15)
Muito interessante notar que no Reino de Deus tudo é sempre completo, pleno, perfeito. Somos corpo, alma e espírito. Deus é Pai, Filho e Espírito. As batalhas são naturais e sobrenaturais, ou espirituais. Existe morte física e morte espiritual. Não poderia ser diferente, as vitórias são físicas e espirituais.
Mas vamos olhar para as coisas de uma forma simples para chegar a um entendimento: Deus criou todas as coisas, em suas faces espiritual e material. O homem caiu, por um ato no mundo físico, que lhe trouxe consequências condenatórias em ambos os mundos. Acima de tudo, a morte espiritual entrou pelo pecado. Deus ao expulsar Adão e amaldiçoar a serpente, decretou a futura (ou vindoura) vitória espiritual. O livro do Apocalipse nos fala sobre esta vitória espiritual, com algumas descrições de condenação, salvação, novos céus e nova Terra.
Mas como reunir o físico e o espiritual? Estaremos naquele ponto todos fisicamente mortos. O céus e a Terra passarão. Eis o ponto: a vitória de Jesus na cruz foi uma vitória completa, sobre a morte física (ressuscitou ao terceiro dia) e também sobre a morte espiritual (Ele vai voltar). O triunfo descrito no versículo acima é nitidamente espiritual.
No tempo devido, todas as coisas serão consumadas (ou cumpridas) e neste ponto o que se separou deverá novamente ser reunido. Nós, então fisicamente mortos, seremos ressuscitados com corpo glorificado, nosso espírito vivificado por Cristo será reunido e viveremos com Ele (Trindade) pela eternidade. MAS, o mundo natural passará a se reunir também com o espiritual, mediante a vitória da Cruz. Ela foi a chave para conquistar ou reconquistar aquilo que se havia extraviado.
Com a vitória na cruz, Jesus de Nazaré selou o “destino” da criação (mundo natural) e do espiritual, para que mediante o preço pago por Ele possam ser novamente reunidos diante do Pai. Será a recuperação de algo que se desviou do propósito original por algum tempo. Como Ele fez isso? Vencendo em ambas as realidades para ser o Dono e Senhor delas. E nós, como ficamos? A decisão é sua: se entregar-se a Ele será Dele, se não, infelizmente, vai arcar com o peso de uma decisão que o manterá, fisicamente e espiritualmente, na condição de perdido.
Eu acho maravilhoso tudo isso. Me fascina pensar nisso e estudar isso. Mas por um motivo: me anima mais e mais servir Aquele que fez tudo por mim e mesmo podendo optar por fazer diferente, escolheu me amar e me resgatar. A Ele eu tributo honra, glória, louvor e majestade pelo tempo que eu tiver pela frente – a eternidade.
“Senhor, obrigado por vencer e me incluir em Tua vitória. Quando o físico e o espiritual forem novamente reunidos diante de Ti, eu estarei lá, mesmo não merecendo. Obrigado por me amar.”
Mário Fernandez